20 de setembro de 2024

Ameaça pelas redes sociais de novas manifestações contra lockdown

Informações que circulam em grupos de whatsapp de motoristas de aplicativo e de empreendedores informais lançam a possibilidade de novas manifestações em Manaus contra o lockdown determinado pelo governo
Ameaça pelas redes sociais de novas manifestações

Informações que circulam em grupos de whatsapp de motoristas de aplicativo e de empreendedores informais lançam a possibilidade de novas manifestações em Manaus contra o lockdown determinado pelo governo em cumprimento de ordem judicial

Os organizadores não pertencem a um grupo específico, mas em resumo são trabalhadores do comércio, empreendedores, motoristas de aplicativo que segundo o texto que circula pretendem parar os principais acessos das quatro zonas de Manaus, norte, leste, sul e oeste, com a intenção de sensibilizar autoridades quanto à revogação novamente do decreto.

Contudo, o presidente da Fecomércio/AM, Aderson Frota ressaltou a importância de ter cautela neste momento, “A Fecomércio/AM está agindo junto aos sindicatos patronais, aos sindicatos que gerem as empresas de cada segmento, pedindo que observem este momento difícil e entendam as dificuldades do governo e colaborem”. E sugeriu uma atitude aos empresários, “Esses movimentos não geram nada, esses movimentos não criam uma solução óbvia, clara, transparente e colaborativa, eles criam a desavença, eles desarmonizam, eles criam uma série de problemas que não são o que nós estamos buscando neste momento”. Enfatizou.

Mandado de Segurança

A Associação PanAmazônica entrou com um mandado de segurança em nome de seus associados contra a decisão. Segundo a entidade, que conta com mais de 66 associados dentre eles veículos de comunicação, indústrias, hotéis e comércio, “a decisão atinge diretamente os direitos dos Associados da Impetrante e causará enorme prejuízo à sociedade amazonense e aos trabalhadores que dependem do comércio e da prestação de serviços para a sua subsistência”, diz parte do documento.

Contudo, o Desembargador Délcio Luiz Santos negou o pedido da entidade ainda no domingo, com o seguinte argumento, “Não obstante a relevância da questão submetida a este juízo, verifico que a inicial do presente mandamus deve ser indeferida, de plano, mormente em razão da inadequação da via eleita, pois, a meu ver, descabe a utilização do Mandado de Segurança para atacar ato judicial passível de recurso”.

Caso ocorra o descumprimento da decisão judicial estão previstas multas de até R$ 50 mil, além de interdições para os estabelecimentos que não cumprirem as normas, que hoje é um decreto.

A importância do setor comercial.

Aderson Frota destacou que estão atribuindo ao comércio o papel de agente contaminador, “Uma grande maioria das atividades comerciais não gera aglomeração”, e ainda enfatizou onde aconteceu o maior índice de contaminação, “Nasceram no final de outubro e novembro, por conta do período eleitoral, e ainda aconteceram em dezembro por conta das festas de confraternização”.

Outro agravante segundo Aderson são as festas clandestinas, “É nesse momento que as pessoas mais jovens perdem totalmente o conceito de cuidado, se abraçam, bebem, se embriagam, perdem a noção do respeito à vida, eles se contaminam e levam aquele vírus para sua família, a sua casa”. Diz.

O presidente ressaltou a iniciativa do Governo do Estado com a abertura de novos leitos nos hospitais. “Nós temos consciência ao crescente número de contaminações que demandaram um esforço muito grande em relação ao atendimento hospitalar, a rede está praticamente no limite, está colapsada, apesar do governo ter feito um esforço muito grande de ter mais que dobrado a capacidade da rede hospitalar, que eram de 475 e hoje é de 1.070 leitos para tratamento do Covid.” Finaliza.

Sandro Abecassis

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