16 de setembro de 2024

Varejo aposta nas vendas para Réveillon

A poucos dias para o Réveillon, as vitrines do comércio varejista da capital são as apostas para atrair os consumidores que devem comprar ao menos um item de vestuário para a virada do ano. Uma pesquisa divulgada pela CDL Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas), indica que 61,5% das pessoas ouvidas têm intenção de comprar artigos de vestuário, em segundo, calçados, 36,3%. 

Aproveitando algumas liquidações pós-Natal, o movimento no centro da cidade é intenso. Para a autônoma Martinely Carvalho, 37, a ideia é investir num traje completo para comemorar a chegada de 2022. “Não comprei nada no Natal justamente para comprar na última semana pré-Ano Novo. Vamos passar o Réveillon com uns amigos, tomando todos os cuidados. A ocasião pede uma roupa nova”, destacou ela. 

Quem for ao Centro vai se deparar com descontos e com algumas facilidades na hora da compra. Pelo menos é  o que afirma o  comerciante José Oliveira, 49, que comprou uma camisa e um tênis, garantindo parte do vestuário para celebrar a data.  “Os produtos estão mais em conta que no Natal. Esperei passar o dia 25 para comprar as peças que eu estava de olho e consegui adquirir com valor menor”. 

De acordo com a CDLM, a estimativa quanto ao valor que pretendem gastar, é que (26,7%), pretendem gastar de R$ 201 a 300 reais; (24,3%) até R$ 100 reais e (21,1%) de R$ 101 a 200 reais; (12,2%) de R$ 301 a R$ 400; (7,5%) de R$ 401 a 500; (4,5%) de 501 a R$1.000 e (3,7%) pretendem gastar mais de R$ 1.000 reais.

Branco em alta

O gerente de vendas Yuri Seixas, define a ocasião como grande incremento para o setor. Embora não haja pesquisa indicando que haverá uma cor predominante para o fim de 2021, ele diz que a grande procura é por peças na tradicional cor branca. “Na nossa loja as roupas brancas estão tendo grande saída. No Natal vendemos muito a cor verde. Mas o tradicional branco para a virada continua sendo a escolha de grande parte das familias”. 

Em 2019, por meio de pesquisa, a CNDL, sugeriu que de cada dez compradores, (61%) garantiam que haveria uma cor preferida na roupa a ser usada na celebração de Ano-Novo, e o branco liderava com 59%. O amarelo, que para os supersticiosos simboliza dinheiro, surgia com a escolha de 12% dos entrevistados, o azul que simboliza serenidade e harmonia, era a opção de outros 10%. 

Cautela

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o economista e analista financeiro, Eduardo Souza, alerta que é um momento de ter cautela para não ter um gasto desnecessário  por conta da cultura do consumismo. “Muitas pessoas adotam esse tipo de consumo como regra e pode trazer um prejuízo à saúde financeira da família. O consumidor precisa planejar um gasto de acordo com que está disposto a investir, ou seja, dentro da sua capacidade monetária”. 

Ele lembra que o mercado desaquecido traz mais ofertas. É preciso avaliar o custo benefício daquele produto, o que vai agregar e qual o nível de disposição da pessoa para investir nesse bem. “É importante traçar uma meta de gasto, principalmente, avaliar a situação  financeira”. O economista sugere que o consumidor nunca opte por roupas que vai usar uma única vez. Além disso, pesquisar e comprar com antecedência. “Comprar em larga escala tem uma grande diferença”, aconselha.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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