O azeite Milonga, produzido em Triunfo (RS), está entre os melhores do mundo segundo o EVO IOOC Italy 2022. O concurso que foi fundado em 2016 e só avalia amostras de fabricantes capazes de garantir a rastreabilidade do ingrediente publicou o resultado no sábado (21). Em sua estreia no prêmio, o produto gaúcho — extraído de cultivos da varietal Arbequina, de origem espanhola — foi considerado o melhor do hemisfério Sul. Isso porque as regras da prova impedem que azeites de hemisférios diferentes disputem entre si.
“A nossa primeira safra, de 2021, teve comercialização local pelo volume pequeno. Já a de 2022 rendeu 3.000 litros e, por questões climáticas, sabia que poderia produzir azeites de altíssima qualidade”, diz Aristides Inácio Vogt, sócio da Celebra Alimentos, empresa familiar produtora de cordeiros que há 6 anos se dedica também a olivicultura.
Além do prêmio máximo para um azeite brasileiro, a Milonga recebeu medalhas de ouro com o blend de Arbequina e Coratina e de prata com o rótulo da azeitona grega Koroneiki.
Cada garrafa (250 mililitros) sai por R$ 45 no site da marca. Em lojas físicas, o produto só pode ser encontrado em Porto Alegre, no Armazém dos Importados (Rua Padre Chagas, 167, Moinhos de Vento) e na Banca 43 (Mercado Público de Porto Alegre e Rua Carlos Trein Filho, 1100, Bela Vista).
Outros quatro azeites brasileiros, dois paulistas e dois do Rio Grande do Sul, chamaram a atenção dos jurados. O Sabiá Arbequina, de Santo Antônio do Pinhal (SP), que ficou entre os dez melhores do mundo no concurso espanhol Evooleum, saiu do EVO IOOC Italy 2022 como o melhor da América do Sul. Produzido pela Orfeu em São Sebastião da Grama (SP), o Picual ganhou o título de melhor do Brasil. Considerando os produtos monovarietais do hemisfério Sul, a Lagar H, de Cachoeira do Sul (SP), foi campeã com o Arbequina.