Depois de algumas semanas sustentando o nível de US$ 30 mil, o Bitcoin (BTC) cai forte nesta segunda-feira (13), perdendo o patamar de US$ 25 mil, puxando junto o mercado inteiro de criptomoedas, com ativos como o Ethereum (ETH) ficando abaixo de US$ 1.300.
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O movimento de queda de mais de 10% das principais moedas digitais ocorre em meio à fraqueza no ambiente macroeconômico e ao risco sistêmico do mercado cripto.
Nas últimas 24 horas, o mercado cripto como um todo perdeu mais de US$ 130 bilhões em valor de mercado, sendo que nesta manhã todas as 100 maiores moedas digitais do mundo operam com queda, com algumas superando 20% em perdas.
O Bitcoin caiu por quase doze semanas consecutivas, indo de de quase US$ 49 mil em março de 2022 para menos de US$ 25 mil. A criptomoeda chegou a dar sinais de que tinha atingido o fundo do poço em meados de maio, mas dados preocupantes de inflação dos Estados Unidos divulgados na semana passada acabaram pesando novamente no mercado.
O índice de preços ao consumidor (CPI), a referência mais monitorada para inflação, subiu 8,6% em maio em relação ao ano anterior, superando as expectativas de que cairia para 8,2%, ante os 8,3% de abril.
Esses dados contribuíram para uma queda nos mercados asiáticos nesta segunda. O Hang Seng de Hong Kong caiu quase 3,5%, o Nikkei 225 do Japão caiu 3,01%, enquanto o Sensex da Índia caiu 2,44%. Isso também pesa para os índices futuros nos EUA, com o Nasdaq e o S&P 500 recuando quase 3%.
De acordo com os gráficos de preços, o Bitcoin teve forte suporte na marca de US$ 29 mil, mas a queda abaixo desse nível agora significa que a criptomoeda pode cair para sua máxima de 2017 de quase US$ 20 mil.
As leituras do Índice de Força Relativa (RSI) – uma ferramenta usada pelos traders para calcular a magnitude do movimento do preço de um ativo – caíram abaixo de 30, sugerindo que uma reversão pode estar a caminho, à medida que os compradores de curto prazo reagem aos dados técnicos.
Desde 2020, tem aumentado a correlação do mercado de criptomoedas com as bolsas tradicionais, principalmente com ações de tecnologia negociadas em Nova York, impactadas por sua vez pelas decisões de autoridades monetárias como o Federal Reserve e o Banco Central Europeu (BCE).
“Esperamos que os principais bancos centrais continuem rápida e metodicamente removendo as acomodações por meio de aperto quantitativo e aumentando as taxas de juros até 2023”, disse o First Republic Bank em relatório.
“Os mercados também permanecerão muito frágeis, como demonstrou a reação negativa à inflação acima do esperado”, acrescentou a First Republic. “Esperamos que essa fragilidade continue a abalar os mercados”.
Para as criptomoedas, afirma DiPasquale, o caminho a seguir é, na melhor das hipóteses, incerto. “Na semana passada, mencionamos que a probabilidade de um colapso era maior, apesar do BTC mostrar sinais de suporte”, disse.
“Esse colapso está atualmente em jogo, e estaremos procurando por potenciais novas mínimas e reações a elas enquanto avaliamos o sentimento do mercado. Os números da inflação definitivamente não são um bom presságio para os mercados”, conclui.