Brechó Market inicia vendas no país

Em: 11 de fevereiro de 2015
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Para amantes do retrô, shopping virtual de brechós estreia com 30 lojas

De olho nos amantes da moda retrô e vintage, a gerente de marketing Raquel Braga, 39, lançou o Brechó Market, um shopping virtual que reúne brechós de todo o país para vender seus produtos online. A novidade foi apresentada na Feira do Empreendedor, que terminou ontem, terça-feira (10), em São Paulo.
O investimento inicial foi de R$ 300 mil, segundo ela. O site foi lançado oficialmente no dia 7 de fevereiro, mas desde 2014 realiza o cadastro de lojistas interessados. Para participar, basta ter CNPJ e fotos de qualidade dos produtos.
Até agora, são 31 brechós cadastrados e cerca de 300 produtos. A meta, segundo Braga, é encerrar o primeiro ano com mil brechós parceiros e 30 mil itens à venda. Entre as ofertas, há roupas femininas, masculinas e infantis –algumas nunca usadas, com etiqueta original- -, acessórios, artigos para a casa e discos. “Queremos ajudar a formalizar e a profissionalizar esse mercado. Muitos brechós não vendem online porque não conseguem manter a estrutura de uma loja virtual, com meios de pagamento seguros. Alguns até têm blogs, mas ficam na troca de e-mails para negociar e não atualizam a página quando um item é vendido, por exemplo”, diz.
O Brechó Market é um negócio que funciona no modelo de “marketplace”, ou seja, um ambiente de negócios que une vendedores e compradores. Durante a compra, o cliente pode escolher produtos de fornecedores diferentes, mas fazer um único pagamento. Em cada venda, o site ganha uma comissão de 20%. O brechó não paga para aderir ou utilizar as ferramentas da plataforma. Entre as ferramentas, estão meios de pagamento, proteção contra hackers, cálculo automático do frete, e-mails e troca de mensagens entre vendedor e comprador que informam o status do pedido, customização da página do brechó, e-mail marketing, painel administrativo com informações sobre estoque e vendas, aplicativo para edição de fotos e atualização automática do estoque virtual após a venda.

Mercado é promissor
Para Marcelo Sinelli, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa de São Paulo), a proposta do negócio é boa, pois funciona como um agregador de conteúdo que facilita as compras da cliente final.
Além disso, segundo ele, os brechós são um mercado promissor, pois pregam o consumo consciente, que é uma tendência. No entanto, é importante ter muitos fornecedores e conquistá-los para que permaneçam no site.
“É relativamente fácil copiar esse modelo de negócio. Se der certo, em pouco tempo, haverá outros. O ideal é conseguir se consolidar como o primeiro e se tornar referência no segmento. O site tem que oferecer cada vez mais ferramentas que facilitem a vida do dono de brechó. Assim, ele não migrará para outras plataformas no futuro”, diz.
Ele diz que a comissão de 20% sobre as vendas parece alta, embora se trate de um negócio novo e sem referências anteriores.
“A maioria dos negócios têm uma margem de lucro de 10% a 15%, alguns chegam a 20%. O empresário pode não querer pagar uma comissão maior do que sua margem de lucro. É o mercado que vai dar o resultado e dizer se essa comissão é viável ou não. Talvez ela tenha que adaptar”, afirma.
Por outro lado, ele diz que a plataforma ajuda os donos de brechós a reduzirem seus custos com divulgação e atração de clientes, o que pode valer o investimento. Outra opção para o site, segundo ele, é diversificar suas fontes de renda, com a cobrança por postagens em redes sociais ou destaque na home page, por exemplo, alternativas que já são consideradas por Braga.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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