18 de setembro de 2024

Caça aos talentos ganha força no mercado de trabalho

 De acordo com uma pesquisa nacional, tempos atrás as habilidades técnicas, que também são conhecidas como ‘hard skills’, eram as mais valorizadas no ambiente corporativo para selecionar candidatos ao mercado de trabalho; hoje, é a vez das ‘solft skills’, o que pode significar boa desenvoltura interpessoal.

  Fábio Battaglia, CEO da Randstad no Brasil, sustenta que muitas empresas, por conta dessa escassez de talentos, vêm buscando alternativas na contratação por habilidades e experiências, e não olham mais apenas para o diploma. Para ele, a urgente demanda de profissionais com conhecimentos específicos e com escassa mão de obra que atende a esses requisitos, contribui para que as empresas avaliem os candidatos por experiências. “As empresas, agora, estão valorizando a capacidade de articulação e persuasão, dinamismo, facilidade de relacionamento, comunicação e resiliência”, reiterou.

Por outro lado, relevante ressaltar que possuir uma equipe com alto desempenho e que também seja engajada, é uma forma de garantir que os serviços prestados de uma empresa sigam um padrão de qualidade.

  Dessa forma, a continuidade da excelência no serviço prestado, por exemplo, evita novos gastos e pode ser potencializado por meio de treinamentos, novas tecnologias e ferramentas que regularmente são disponibilizados para a indústria e o comércio.

 Assim, é indiscutível e evidente, que, quando uma equipe se conhece há bastante tempo, e constrói um relacionamento baseado na sinceridade e no companheirismo, a qualidade do serviço prestado é melhor e sempre, mantém-se dessa forma; o que aumenta a credibilidade e a confiança do time.

Aqui em Manaus, a Headhunter e empresária, Paula Pedrosa, afirma que para driblar o cenário atual, com a crescente falta de especialização de mão de obra, as empresas e consultorias de RH usam algumas ferramentas que são:

Hunting ou buscas ativas, ou seja, tirar um profissional já consolidado em alguma empresa, muitas das vezes, até concorrente, e trazer esse profissional já formado e completo, para fazer parte de seu time. “Se o mercado local está com escassez, inclusive, de profissionais atuantes no mercado (já empregados), uma solução é fazer as buscas desse profissional em outras cidades e em empresas específicas, que façam sentido o investimento”, avaliou.

Fábio Battaglia, CEO da Randstad no Brasil

Utilizado pelas empresas, existe a academia ou universidade corporativa das próprias empresas. Outras apostam em propagandas de trainees e um bom programa de estagiários. “O foco é formar os profissionais desde o início de carreira. Estes profissionais são selecionados em cima de alguns critérios e habilidades, e os programas das empresas visam desenvolver algumas outras competências, no geral, as que estão em escassez no mercado”, apontou Paula.

Todas as alternativas acima tem riscos e custos envolvidos, ela reitera. “Mas, as empresas fazem os planejamentos considerando os riscos envolvidos e elencados qual seria, assim, o melhor risco a se correr, bem como a melhor vantagem/benefício para eles”, ressaltou.

Escassez de mão de obra especializada

Segundo a gestão da empresa Grupo RH Amazonas, nos dias de hoje, essa constatação é uma realidade em diversos segmentos de mercado, que é a dificuldade de encontrar profissionais especializados.

Entretanto, a despeito da escassez de mão de obra especializada, a dificuldade não está em somente encontrar o profissional de qualidade, para uma empresa de recursos humanos, mas também em conseguir encontrar o profissional qualificado alinhado ao comportamento desejado pelas organizações. “Aqui na RH Amazonas, por exemplo, utilizamos em nossos processos seletivos instrumentos diversos de avaliação, provas situacionais, jogos vivenciais, dinâmicas, avaliações psicológicas, além das tradicionais entrevistas individuais ou coletivas, cujo objetivo é perceber os comportamentos manifestos ou tendências de comportamentos. Evidente que é um grande desafio conseguir conciliar esses dois aspectos, mas essa é a nossa expertise”, falou por nota, a gestão da empresa.

              Retenção de talentos:

A retenção de talentos deve ser, de fato, uma preocupação para as organizações. 

Primeiro, porque as empresas podem investir em boas estratégias de incentivo (benefícios diferenciados), treinamento e desenvolvimento para que o profissional se sinta interessado e possa permanecer no quadro de profissionais. Segundo, adotar uma cultura onde o profissional possa criar um sentimento de pertencimento, engajamento e compromisso com o sucesso dele e da empresa. A empresa RH Amazonas, realiza entrevistas de desligamento, cujo objetivo é saber por que motivos o colaborador pede para sair da empresa. Nesse sentido, nota-se que o plano de carreira, a possibilidade de crescimento dentro da empresa, o reconhecimento, a liderança tem sido aspectos relevantes. 

Reportagem de Lia Mônica

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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