Captação no mês é a 2ª maior do ano

Em: 7 de outubro de 2009
Os depósitos da caderneta de poupança superaram os saques no mês de setembro, resultando em uma captação positiva de R$ 3,51 bilhões, a segunda maior do ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central.

Os depósitos da caderneta de poupança superaram os saques no mês de setembro, resultando em uma captação positiva de R$ 3,51 bilhões, a segunda maior do ano, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. É o quinto mês consecutivo em que o saldo entre os depósitos e os saques fica positivo. O resultado no mês de setembro só é menor do que o do mês de julho, quando o saldo foi positivo em R$ 6,7 bilhões.
Em agosto, a captação foi positiva em R$ 3,1 bilhões. No mês passado, os depósitos somaram R$ 84,86 bilhões e os saques R$ 81,35 bilhões. O mês teve 21 dias úteis.
No acumulado do ano, os depósitos já superam os saques em R$ 15,7 bilhões.
No mesmo período do ano passado, a captação estava positiva em R$ 10 bilhões. Com a captação positiva registrada neste ano, o estoque de dinheiro nesse tipo de investimento já se aproximada da marca histórica dos R$ 300 bilhões -está em R$ 299,92 bilhões.
No final do ano passado, o total de recursos depositados na poupança era de R$ 270,5 bilhões.
Além da captação positiva do período, a poupança recebeu ainda R$ 13,7 bilhões relativos à rentabilidade do dinheiro que já está aplicado.

Processo de recuperação começou a partir de maio

A poupança começou o ano registrando saída de recursos. Até abril, o resultado acumulado estava negativo em R$ 1,5 bilhão. A partir de maio, no entanto, a caderneta entrou em um processo de recuperação.
A retomada dos investimentos na caderneta de poupança acompanha a recuperação do emprego e da economia brasileira nos últimos meses. Pesa também a queda na taxa básica de juros, que diminuiu a rentabilidade de vários fundos de investimento.
Por causa disso, o governo chegou a anunciar que enviaria ao Congresso Nacional, no mês passado, projeto prevendo a cobrança de Imposto de Renda sobre cadernetas com mais de R$ 50 mil. O projeto, porém, ainda não saiu do Palácio do Planalto porque, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, deputados e senadores governistas querem maior discussão do projeto antes de ele chegar ao Congresso.
Pela proposta do governo, será aplicada uma alíquota única de 22,5% sobre o rendimento do valor que ultrapassar R$ 50 mil -ou seja, quem tem R$ 90 mil na caderneta pagará IR sobre os R$ 40 mil que excedem o limite estabelecido.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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