29 de outubro de 2024

Censo 2022: no Amazonas, 50% das mulheres são responsáveis pela unidade doméstica

No Censo de 2010, no Amazonas, as mulheres alcançavam 39,8% na liderança das unidades.

Em 2022, das 72,5 milhões de unidades domésticas do Brasil, 49,1% tinham responsáveis do sexo feminino. No Amazonas, de acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (25), os números ultrapassam a média nacional e destacam que 50% das mulheres são responsáveis pela unidade doméstica. No Censo de 2010, no Amazonas, elas alcançavam 39,8% na liderança das unidades.

Os números do Amazonas acompanham a proporção nacional que já apresenta uma mudança importante em relação ao Censo de 2010, quando o percentual de homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o percentual de mulheres (38,7%). Por unidade doméstica entende-se o conjunto de pessoas que vivem em um domicílio particular.

Em 10 estados, o percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica foi maior que 50%: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%), Maranhão (53,0%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%).

“Os dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas na Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades da federação acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino”, aponta a analista da divulgação, Luciene Longo.

Proporção de unidades domésticas formadas por casal com filho de ambos recuou de 41,3% para 30,7% em 12 anos

De 2010 para 2022, a proporção das unidades domésticas com pessoa responsável, cônjuge e filho de ambos recuou de 41,3% para 30,7%, enquanto a proporção de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.

Já a proporção de domicílios formados por casais com pelo menos um filho somente do responsável ou do cônjuge passaram de 8,0% para 7,2%. “Apesar da redução, o peso dessas unidades domésticas no total de arranjos com filhos aumentou”, observa o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi.

Já os domicílios monoparentais – ou seja, com responsável sem cônjuge com filhos –variaram pouco entre 2010 e 2022 (de 16,3% para 16,5%). Outros tipos de composição reuniram 25,5% das unidades domésticas, sendo 18,9% referente a domicílios unipessoais (que em 2010 representavam 12,2%), e unidades domésticas com mais de um morador, sem cônjuge, filho ou enteado que apresentou pouca alteração (de 6,6% em 2022, e 6,1% em 2010).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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