A 108ª edição do Meetup Jaraqui Valley, nesta sexta-feira (11), no Moinho – Centro de Inovação e Tecnologia (CIT), em Manaus, vai muito além de mais um encontro entre empreendedores e entusiastas da inovação. Para quem acompanha de perto o amadurecimento do ecossistema de startups na região, o evento realizado mensalmente é um catalisador de conexões reais, onde boas ideias encontram oportunidades concretas de parcerias, mentorias, novos negócios e soluções práticas voltadas à realidade da Amazônia.
Na linha de frente dessa mobilização está a incubadora inBioTa, da Universidade Nilton Lins, que atua como anfitriã do evento e vem se destacando por aproximar inovação, sustentabilidade e desenvolvimento regional. O gerente de Novos Negócios e Relacionamento da incubadora, Cristorffer Guimarães, explica que a proposta dos meetups é ativar redes de colaboração com impacto direto no ecossistema local.
“O Meetup Jaraqui Valley atua como um catalisador de conexões e aprendizados dentro do ecossistema de inovação de Manaus. Ao reunir periodicamente empreendedores, investidores, representantes de incubadoras, aceleradoras, universidades e órgãos de fomento, o evento fomenta o compartilhamento de experiências, a difusão de boas práticas e a formação de parcerias estratégicas”, afirma Cristorffer.
Com foco no tema “Ecossistemas Colaborativos: Benefícios e Impactos no Fortalecimento das Startups”, esta edição reúne nomes de peso no debate sobre inovação e empreendedorismo. Mas o diferencial do evento não está apenas na discussão teórica. Segundo Cristorffer, os encontros regulares promovidos pelo Meetup Jaraqui Valley têm se mostrado altamente eficazes na construção de sinergias concretas.
“As conexões vão além do networking informal e frequentemente se traduzem em parcerias estratégicas, mentorias, projetos colaborativos e até mesmo novos negócios”, diz ele. Um exemplo prático citado pelo gerente é a aproximação entre a própria inBioTa e a WIT Incubadora Tecnológica, iniciada em um meetup anterior. “Essa relação evoluiu para uma agenda conjunta de eventos, troca de metodologias e articulações em rede. A parceria tem permitido que ambas ampliem seu alcance e compartilhem boas práticas na gestão de startups, especialmente voltadas à bioeconomia e à tecnologia.”
Com cerca de uma década de existência, o Jaraqui Valley representa hoje um dos movimentos mais relevantes de fomento ao empreendedorismo digital e à inovação na Amazônia. Com reuniões constantes, o grupo tem se reinventado para incluir temas que vão desde a transformação digital até a sustentabilidade aplicada à realidade amazônica, com foco em soluções que dialogam com o território e com os desafios de empreender fora dos grandes centros.
E não são poucos os desafios. Para Cristorffer, um dos gargalos ainda é o acesso limitado à capital de investimento, somado à baixa conexão entre academia e setor produtivo. Ele aponta também a dificuldade de transformar conhecimento técnico-científico em soluções aplicáveis ao mercado. “Além disso, muitos empreendedores enfrentam isolamento e escassez de apoio técnico. O Meetup Jaraqui Valley cria um ambiente de colaboração entre universidades, incubadoras, governo e setor privado, promovendo conexões estratégicas, troca de experiências e oportunidades concretas de parceria. É um espaço que acelera ideias, aproxima atores e fortalece a inovação com identidade amazônica.”
A proposta da incubadora inBioTa, segundo ele, é justamente transformar essas carências em pontos de partida para um ecossistema mais robusto, conectado e vocacionado às potencialidades da região. “Ao recepcionar eventos como o Meetup Jaraqui Valley no Moinho – Centro de Inovação e Tecnologia, a inBioTa fortalece sua missão de criar pontes entre inovação, sustentabilidade e desenvolvimento regional”, pontua Cristorffer.
Com um ambiente descontraído que inclui música ao vivo, chopp artesanal e espaço para networking, o evento também reforça a ideia de que inovar é, antes de tudo, criar vínculos duradouros. O Meetup mensal se afirma como uma plataforma viva onde experiências circulam, projetos se conectam e o futuro da inovação amazônica se desenha a muitas mãos.
