O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reúne hoje e amanhã em meio à maior crise financeira global enfrentada na gestão de Henrique Meirelles, que assumiu em 2003 com inflação anual em 12,53% e juros em 25%. Para este ano, o mercado projeta inflação de 3,86% enquanto os juros básicos (taxa Selic) estão hoje em 11,5%.
Economistas ouvidos pela Folha divergem sobre o quanto o BC deveria olhar para a crise na hora de definir a Selic. A maioria diz que a tensão global só deve pesar se afetar a inflação. No passado, juros altos foram usados para conter a saída de recursos em momentos de aversão ao risco, como o atual.
Além da crise, economistas reconhecem um aumento da pressão inflacionária desde a última reunião do Copom, por conta da elevação no preço dos alimentos, que começa no atacado, mas que ainda não é repassado ao varejo. O IGP-M de agosto, índice com 60% de seu peso no atacado, surpreendeu com alta de 0,98%, a maior desde agosto de 2004.
Por conta da preocupação com a inflação, já explicitada na ata da última reunião do Copom, em julho, a maioria dos economistas consultados espera redução no ritmo do corte dos juros, de 0,5 ponto para 0,25 ponto, o que levaria a taxa Selic a 11,25%.
Dos consultados, apenas o “heterodoxo” João Sicsú, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e futuro diretor de Pesquisa Macroeconômica do Ipea, espera -ou torce- por um corte de 0,5 ponto percentual na Selic.
Entre os que defendem a manutenção dos juros no patamar de 11,5%, está Ricardo Amorim, diretor de estratégia para a América Latina do WestLB, e o economista-chefe da corretora Gradual, Pedro Paulo Silveira.
Redação
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