24 de novembro de 2024

Demanda por saúde odontológica cresce no Amazonas

Andréia Leite

@andreiasleite_  @jcommercio

Os amazonenses têm cuidado mais da saúde dos dentes, motivo pelo qual fez o Estado ocupar posição de destaque na região Norte com aumento nas adesões a planos de saúde exclusivamente odontológicos. A procura representou um salto de 474,5 mil para 515,3 mil, alta de 8,6% nos 12 meses encerrados em julho deste ano –acréscimo de 40,8 mil vínculos. No país já são 30,1 milhões de beneficiários, revela o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).

De acordo com o estudo, o crescimento em novos contratos foi puxado, especialmente, pela modalidade de planos coletivos –caso do tipo empresarial que teve alta de 11,8% e conta com 387,3 mil vínculos, e o coletivo por adesão (5,7%) com 24,1 mil.

“Em 12 meses, entre julho de 2021 e o mesmo mês de 2022, o número de vínculos odontológicos aumentou em 40,8 mil (ou +8,6%). Os principais fatores se devem ao crescimento em planos coletivos empresariais –aqueles ofertados pelas empresas aos seus colaboradores (+40,8 mil no período) e na faixa etária de 19 a 58 anos (+27,4 mil)”, explicou José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Segundo ele, atualmente há a ampliação do benefício odontológico aos colaboradores de empresas de pequeno e médio porte (antes, centralizadas em grandes corporações), que começam a entender este benefício como importante para atrair bons profissionais, prevenção de doenças e bem-estar dos seus colaboradores. O papel dos planos odontológicos nas empresas também se torna cada vez mais nítido quando analisamos as diversas pesquisas de benefícios existentes no mercado. Dados da 13ª Pesquisa de Benefícios 2020/2021 da Aon, que contou com a participação de 808 empresas nacionais de todas as regiões do Brasil, demonstraram que o plano odontológico para os colaboradores era o 3º item mais prevalente (presente em 91,7% das empresas) numa lista de 35 benefícios oferecidos aos colaboradores e suas famílias –atrás apenas do plano médico-hospitalar (98,9%) e seguro de vida (94,2%) –e apresentou crescimento de 2 p.p. frente à edição anterior (concluída há dois anos), acompanhando a tendência de crescimento observado no mercado nos últimos quatro anos.

Cabe pontuar que, no período avaliado, houve registro de novos beneficiários em

todas as faixas etárias –0 a 18 anos (8,5%) e 19 a 58 anos (8,3%). As adesões para o público etário com 58 ou mais tiveram alta foi ainda maior (13,8%).

“Esse crescimento mostra a importância crescente que os brasileiros, e os amazonenses, conferem à saúde bucal, isso sem falar da autoestima que uma dentição saudável e bem cuidada proporciona às pessoas. Também reflete a onda mais otimista no tocante à atividade econômica que se começa a observar -o número de trabalhadores formais com base nos dados do Caged, no Amazonas, foi de 466,7 mil oportunidades (alta de 8,5%)”, ressalta o superintendente executivo do IESS.

Somente entre janeiro e julho de 2022, o número de beneficiários em planos de saúde de assistência exclusivamente odontológica aumentou em 18,9 mil vínculos (ou crescimento de 4%).

Fechamento do ano deve ser positivo

O crescimento nas contratações deve favorecer o fechamento positivo para os planos odontológicos.  Nos últimos 12 meses encerrados em julho de 2022, o estoque de empregos formais também cresceu no Amazonas, passando de 429,8 mil para 466,5 mil (aumento de 36,7 mil ou 8,5%).

“Considerando que um dos principais fatores do aumento de adesões em planos odontológicos são os planos coletivos empresariais, esses novos empregos formais que são gerados devem impactar ainda mais no crescimento de novos beneficiários”, reiterou José Cechin.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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