Videogames, carrinhos, bonecas, jogos de tabuleiro são algumas opções de presentes para o Dia das Crianças, data que aquece a indústria de brinquedos movimentada pelas vendas do comércio. Não à toa que as vendas da semana da criança para o varejo estão concluídas e superam em 5% as de igual período do ano passado, diz a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
Segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, o segmento vem sendo movimentado principalmente pelos avós, que são os principais compradores, levando os netos às lojas especializadas e redes varejistas.
Com registros no Brasil que beiram 22 mil nascimentos por dia no último ano, é uma excelente oportunidade de crescimento do segmento de brinquedos. “Este ano a indústria do brinquedo vai capturar o cliente pela cor, tamanha a variedade da cartela de cores”, prevê o presidente, para reverter o quadro do primeiro semestre deste ano em favor da indústria.
De acordo com a associação, foram lançados 800 brinquedos na Feira Abrin, maior evento de brinquedos da américa latina, em março último, e o presidente da Abrinq analisa que “as variáveis conspiram a nosso favor no Brasil. Se em 2010 vendíamos cinco brinquedos per capita no Brasil e os ingleses 38; ano passado subimos para 11 brinquedos e os ingleses para 46, mesmo fazendo menos crianças por ano”, brinca.
Mantidas as variáveis atuais, o crescimento deste ano, de acordo com Synésio Costa, deve evoluir para mais 6%, e a sazonalidade das vendas, segundo a estatística anual da entidade, seguir como anos anteriores, concentradas em mais de 60% nos meses de julho, agosto, setembro e outubro, para abastecer as lojas no Dia das Crianças e Natal.
No último ano as importações, em sua maioria concentradas na China, decresceram de 77,34 para 75,80%, dando espaço para a indústria nacional aumentar sua produção. Com isso o número de empregos gerados passou de 35.832 para 36.500.
Para a fabricante TecToy, a expectativa para a data é a melhor possível e buscando um crescimento entre 5% a 10% em relação a 2022, pois o mercado de forma geral está prevendo entre 8% a 10% e principalmente balizado pelas compras via e-commerce que tem se tornado cada vez mais estratégico para as empresas e conosco não é diferente, porém a venda através das revendas nos principais varejo também apontam para um crescimento significativo, sustentado cultura do brasileiro de tocar aquilo que quer comprar e neste sentido muitos dos varejistas que trabalham com nossos produtos estarão olhando para esta data e projetando o que será o Natal de 2023.
Segundo a empresa, os videogames continuam sendo o carro chefe nesta data, pois continuam sendo um produto de entrada neste mercado e com preços acessíveis em todas as camadas sociais do Brasil, mas também estão com a linha de áudio com caixinhas de som bluetooth, acessórios games e a linha de informática PENSE BEM alavancando os números da fábrica em todo o Brasil.
“O bom desempenho neste ano tem como objetivo validar e apoiar o desenvolvimento do nosso novo portfólio de produtos para 2024”, disse o CEO da TecToy, Valdeni Rodrigues.
Varejo engajado
Thiago Rebello, COO do Grupo Ri Happy, empresa varejista destaque no mercado de brinquedos, acredita que 2023 será o ano do brinquedo. “Sabemos que criança adora brincar, e este ano será especialmente voltado para isso. Ao contrário do ano passado, quando as figurinhas consumiram boa parte do orçamento das famílias para o Dia das Crianças, agora estamos focados em tornar realidade os sonhos de presentes desejados”, disse.
Para a data, a empresa apostou nas lojas com eventos e experiências e no ambiente digital com um sistema de cadastro via QR Code, permitindo aos clientes aderirem ao programa Happy Mais e acessarem diversos benefícios.
“Além disso, estamos investindo em tornar a jornada de compras das famílias mais fluida. Notamos um aumento no e-commerce e no programa de fidelidade. Para atender essa demanda, estamos lançando diversos produtos e soluções para oferecer a melhor experiência de compra, seja no ambiente físico ou digital”, destacou.
Diversidade
Entre as novidades, desde linhas de Barbie, Princesas, Baby Alive, Marvel, DC Comics, Hot Wheels, até o sucesso do bichinho virtual digital Bitzee, além de bonecas e fantasias da Wandinha, Squishmallows, Casa de Gaby, Patrulha Canina e pelúcias mecanizadas, entre outros. “Ofereceremos variedade em todas as faixas de preços, sempre prezando pela qualidade e segurança dos produtos. Oferecemos delivery para entregas de última hora, principalmente nas capitais brasileiras. Para cidades sem lojas físicas, oferecemos experiência digital completa com suporte via WhatsApp e troca em até 180 dias”.
Por dentro
Para ficar com dados dos últimos cinco anos, a indústria do brinquedo, de acordo com a entidade, passou de R$ 7.290 bilhões em 2019 para R$ 7.545 (2020), R$ 7885 (2021), R$ 8.358 (ano passado) e R$ 8.985, previsão para este ano. “Temos motivo para nos orgulharmos das nossas lutas contínuas para a manutenção do mercado nacional”, afirmou
o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa.
No último ano as importações, em sua maioria concentradas na China, decresceram de 77,34 para 75,80%, dando espaço para a indústria nacional aumentar sua produção. Com isso o número de empregos gerados passou de 35.832 para 36.500.
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