Em uma época em que um influencer digital se torna mais relevante que um ator de cinema, e que Lives no Youtube recebem mais visualizações do que programas ao vivo transmitidos pela televisão, não é incomum que a maioria das pessoas pense, ainda que vagamente, em se tornar um criador de conteúdo digital.
O que faz com que nem todo mundo tente iniciar uma carreira nesse segmento é que não são todos que estão dispostos a expor sua imagem, voz e personalidade na internet.
Há medo da rejeição, de “tomar hate” ou, simplesmente, “floppar” (não conseguir audiência).
Felizmente, nem toda forma de ganhar dinheiro na internet envolve o Youtube, o Instagram ou o TikTok.
O e-commerce é uma modalidade de negócio que já vinha se desenvolvendo de forma irremediável no mundo todo, mas durante a pandemia, se tornou a melhor forma de trabalhar com comércio em inúmeras regiões.
Existem milhões de pessoas pesquisando na internet todos os dias, procurando por produtos e serviços. As compras online estão aumentando ano após ano e são vistas como um método conveniente para adquirir todo e qualquer tipo de item.
Além disso , os sites de comércio eletrônico permitem que os empreendedores terceirizem uma parte enorme do trabalho sem precisar se preocupar com contratação de funcionários (eles até poderão ser necessários, mas não em tanta quantidade como quando se trata de um negócio com o mesmo fluxo de compras, estabelecido fisicamente).
Uma agência de marketing digital pode, sozinha, fazer quase tudo que é preciso para que uma loja virtual venda o bastante para gerar um bom faturamento.
Dito isso, fica claro que montar um e-commerce pode ser um negócio tão interessante quanto explorar o mercado de influências. Trata-se de uma questão de perfil empreendedor, e quem já pensa na possibilidade de se tornar dono de uma loja virtual, provavelmente vai gostar de saber que há bons motivos para dar o primeiro passo:
MENORES CUSTOS DE CONFIGURAÇÃO E OPERAÇÃO DO QUE UM NEGÓCIO OFF-LINE
O custo de criação de um site de comércio eletrônico é menor do que o de um negócio off-line, mas isso não significa que eles não possam ser integrados.
Bruna Bozano, especialista em negócios digitais, salienta: “Todo o sistema de vendas de um e-commerce é automatizado e online, o que permite total controle da operação e facilita a integração entre os dois (ou mais) canais”.
As lojas virtuais também permitem expandir as oferta de produtos mais rapidamente do que normalmente é possível em uma situação de negócios off-line.
Pela internet, uma pessoa comum consegue montar um site de venda de carros e motocicletas, sem precisar ter espaço algum para armazenar esses veículos.
Pode ser difícil de imaginar, mas não é impossível criar um negócio relacionado a itens que ocupem espaços enormes e que tenham um público adaptado às compras virtuais. Seria possível vender um carro de última geração, uma moto ou uma scooter elétrica (tendências fortíssimas no mercado) através de uma loja virtual, e não precisar pagar o aluguel de um salão enorme para armazenar esses veículos.
Já existe, inclusive, quem faça isso. Mas até o momento, pequenos empreendedores não estão totalmente cientes de que eles também podem fazer esse tipo de negócio.
O e-commerce pode ser um canal de abertura de compras em locais físicos
Quem monta uma loja virtual não precisa, apenas, vender pela internet.
Dependendo dos itens comercializados, é possível fazer entregas imediatas, como fazem os deliverys de comida.
Um cliente pode precisar receber uma compra imediatamente. Uma roupa para ir a um evento de última hora, um presente para uma pessoa especial, uma peça de reposição para algum equipamento, um produto de limpeza ou a ração dos gatinhos.
Há para essas situações, inclusive, possibilidades de receber o pagamento do cliente apenas na entrega, fator que facilita bastante as negociações para quem ainda tem receio de realizar compras online.
Existem maquininhas de pagamentos que cobram valores irrisórios dos vendedores para que eles possam receber suas vendas por cartão de crédito em 1 ou 2 dias.
A aquisição dos aparelhos também não costuma ser cara.
Em uma breve pesquisa, foi possível localizar uma “maquininha” chamada TON, que cobra muito pouco dos comerciantes.
Como a marca chegou a menos tempo no mercado do que suas principais concorrentes, a empresa está fazendo várias ações para conquistar os empreendedores. Basta pesquisar por “cupom de desconto maquininha ton” ou “cupom ton”, pelo Google, que aparecem inúmeras possibilidades para quem deseja fazer um teste.
DE QUALQUER LUGAR
Ter um e-commerce reduz quaisquer restrições geográficas que normalmente são intrínsecas a um negócio físico.
É possível estar em qualquer lugar do mundo e ainda supervisionar com sucesso uma empresa que tenha a web como endereço, basta ter acesso a internet e um bom smartphone.
A parte logística (enviar os produtos pelos Correios ou outra transportadora) pode ser totalmente solucionada pelo uso da modalidade de dropshipping – quando o vendedor trabalha com estoques de outras empresas ou da fábrica do produto e a compra é enviada diretamente do fornecedor para a casa do cliente.
Também há produtos digitais, que são enviados através de acessos com login e senha ou produtos descarregáveis (downloads), e mais uma vez, a logística não chega nem perto de se tornar uma preocupação.
Se a escolha do empreendedor for trabalhar com estoque físico e próprio de algum produto, ainda é possível deixar os envios dos itens vendidos por conta de empresas que fazem o processo completo de venda, como é o caso do Mercado Livre, que, em alguns casos, armazena o estoque do vendedor e se encarrega por todo o processo logístico.
Tempo Livre
Uma vez que um site de comércio eletrônico foi inicialmente configurado, não é mais necessário muito tempo para administrá-lo.
Isso porque todo o processo de pedidos e pagamentos dos clientes será ativado por meio do sistema online, o que dá ao empreendedor mais tempo para selecionar novos produtos que deseje vender, ofertas especiais que pretenda lançar e acompanhar o sucesso de suas vendas.
Oportunidade
Para quem está disposto a iniciar algo novo, o e-commerce pode ser uma grata descoberta. Além disso, o Brasil ainda está distante de alcançar o que os Estados Unidos e a China já alcançaram em matéria de percentual de compras de varejo sendo feitas de forma online.
Há um espaço enorme para expansão, e quem souber aproveitar essa “onda”, certamente terá grandes chances de se tornar um empreendedor de sucesso.