A palavra pacote tornou-se estigmatizada e temida pelos profissionais de treinamento e recursos humanos. Tornou-se lugar comum ouvirmos referências pouco elogiosas a programas/pacotes ou empresas de consultoria que trabalham com pacotes.
O propósito deste artigo é o de analisar os pacotes, mostrando seus aspectos positivos e negativos, as situações em que são mais ou menos adequados e o que pode e deve ser feito para administrar uma realidade de mercado em que os pacotes estão cada vez mais presentes.
O que determina se um programa de desenvolvimento gerencial é adequado ou tem condições de dar certo, não é o fato de ser ou não pacote, mas sim:
A entidade executora ter uma experiência comprovada no assunto (consultas a clientes anteriores é fundamental, inclusive indagando sobre eventuais fracassos);
Uma postura de flexibilidade para se fazer o que o cliente necessita e não o que a consultoria dispõe;
A entidade executora esteja atualizada relativamente ao assunto em questão (viagens referentes ao exterior, participação em eventos como expositor, são alguns indicadores);
A possibilidade de se estabelecer um vínculo tangível do programa com o planejamento global da empresa;
Que as partes envolvidas: consultoria, unidade de RH, participantes e respectivas chefias, tenham uma expectativa comum em termos de conteúdo e produto final;
Que a metodologia adotada possa orientar a abordagem teórica e experiências práticas para a solução de problemas específicos do grupo e da empresa contratante e isto, sempre que possível, durante a duração do próprio programa;
Que haja um equilíbrio metodológico entre aspectos comportamentais e técnicos (cognitivos);
Que esteja sempre presente a idéia de que o programa não termina com o fim do Seminário e que haja uma série de atividades de follow-up com o grupo, inclusive para se medir a relação custo/benefício;
Que a consultoria deixe sempre claro quais são as bases teóricas do programa e quais as expectativas possíveis de serem atingidas, realisticamente;
Que haja um envolvimento efetivo da diretoria da empresa no planejamento, execução e avaliação do programa;
Pelo que foi exposto pode-se concluir que pacote ou não, o programa que respeitar os itens anteriores tem enormes possibilidades de dar certo.
É sempre bom lembrar que o pacote representa:
Experiência acumulada;
Resultados mais previsíveis;
Possibilidade de se conhecer previamente o que vai ser abordado;
Comparatividade com o que já foi realizado para outras empresas;
Um custo às vezes mais baixo, pois parte da etapa de planejamento já foi amortizada.
O lado escuro do pacote é representado por:
Baixa flexibilidade para alterações e adaptações à realidade da empresa (especialmente os importados);
Uma solução única e uniforme para todos os problemas da empresa.
Constatamos que boa parte dos profissionais de recursos humanos reage ao pacote essencialmente por ser algo conhecido, previsível. A inovação “representada pelos chamados sob medida” não é necessariamente positiva, há que se medir sempre os resultados de sua execução; o mesmo, evidentemente, se aplica aos pacotes.
E quando os pacotes não são adequados?
Quando o problema é fundamentalmente comportamental. Quando pacotes anteriores não deram certo para a solução do problema em questão. Quando não se identifica flexibilidade por parte do consultor que vai dar o programa.
Quando a empresa não sabe exata e efetivamente o que quer, mesmo com a ajuda do consultor
Finalizando, lembramos que sempre haverá lugar para os pacotes e os programas sob medida. O ideal talvez seja, optar pelos pacotes sob medida, ou seja, contratar programas que já foram executados tantas vezes que a experiência acumulada poderia render dez dias de Seminário, quando o que se demanda é algo por volta de três dias. A sabedoria consistirá em pinçar dentre os dez dias, aquilo que mais se adequar às necessidades da empresa e se montar um programa de três dias (a quatro mãos).
E os pacotes?
A entidade executora ter uma experiência comprovada no assunto (consultas a clientes anteriores é fundamental, inclusive indagando sobre eventuais fracassos).
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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