Em maio, produção industrial do Amazonas teve 3º maior recuo entre locais pesquisados pelo IBGE

Em: 11 de julho de 2025
Na comparação com maio de 2024, a indústria do Amazonas teve crescimento de 1,9% e acumula crescimento de 1,7 nos últimos 12 meses.

A produção industrial no Amazonas recuou 3,3% em maio, em relação a abril, acumulando queda de 0,8% no ano. Foi o terceiro maior recuo dos nove locais pesquisados pelo IBGE que registraram recuo no mês, depois de Mato Grosso (-7,0%) e Bahia (-3,7%), de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (11/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio de 2024, a indústria do Amazonas teve crescimento de 1,9% e acumula crescimento de 1,7 nos últimos 12 meses.

%), Bahia (-3,7%) Amazonas (-3,3%), Minas Gerais (-1,9%), Região Nordeste (-1,3%), Goiás (-1,1%), São Paulo (-0,8%) Pernambuco (-0,6%).

Para Bernardo Almeida, analista da Pesquisa Industrial Mensal Regional, “alguns fatores já conhecidos ajudam a explicar a perda de ritmo na produção industrial e o predomínio de locais em campo negativo: taxa de juros em patamares elevados, reduzindo os investimentos nas linhas de produção; incertezas tanto no mercado doméstico quanto no internacional; a inflação recaindo sobre o consumo das famílias e sua renda disponível, levando a produção a se adequar a uma demanda mais arrefecida”.

Por outro lado, a atividade industrial do Espírito Santo mostrou uma alta de dois dígitos (16,2%), a mais intensa do mês e a maior taxa desse estado desde janeiro de 2023 (24,2%). “O setor extrativo, bastante atuante dentro da indústria capixaba, impulsionou e contribuiu para seu comportamento positivo em contrapartida ao movimento da indústria nacional nesse mês”, observa Almeida. Além disso, Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (1,3%), Pará (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,2%) também assinalaram resultados positivos em maio de 2025.

Frente a maio de 2024

Na comparação com maio de 2024, o setor industrial cresceu 3,3%, com resultados positivos em onze dos dezoito locais pesquisados. As maiores altas foram do Rio Grande do Sul (29,1%) e Espírito Santo (23,9%), ambos com taxas de dois dígitos. A indústria gaúcha foi impulsionada, principalmente, pelos produtos químicos, produtos alimentícios, máquinas e equipamentos, produtos do fumo, artefatos do couro, artigos para viagem e calçados e veículos automotores, reboques e carrocerias. Já no Espírito Santo o impulso veio das indústrias extrativas. Para Bernardo, “ambas as taxas podem ser explicadas pelas baixas bases de comparação em maio de 2024, salientando que, no mesmo período do ano anterior, a indústria gaúcha enfrentava paralisações em diversas unidades produtivas, devido às enchentes”.

Alta X 2024

O crescimento acumulado no ano do setor industrial, em relação ao mesmo período de 2024, chegou a 1,8%, com resultados positivos em nove dos dezoito locais pesquisados. Os líderes foram Pará (9,6%) e Paraná (5,7%). As indústrias extrativas e metalurgia tiveram protagonismo no Pará. “O aumento na produção de minérios de manganês, de cobre e de ferro contribuiu para desempenho no campo positivo da indústria paraense para este tipo de comparação”, observa o analista.

Em maio, atividade industrial de São Paulo recuou 0,8% frente a abril, livre de influências sazonais, e caiu 1,3% frente a maio de 2024. Além disso, no acumulado de janeiro a maio (frente ao mesmo período do ano passado) a indústria paulista registra queda de 0,7%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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