16 de setembro de 2024

Empresas de entregas de alimentos estão em alta

No país, a pesquisa mostra que, em 2019, 59.176 empresas estavam registradas no CNAE como estabelecimentos responsáveis pelos serviços que abrangem alimentos embalados para consumo, como marmitex, e restaurantes delivery.

Manaus ganha destaque com 17,1%  entre as cidades da região Norte que mais concentram empresas do segmento

Relatório desenvolvido pela DataHub, Plataforma de Big Data & Analytics, revela aumento de 30,9% em 2021,  nas aberturas de empresas responsáveis pela entrega de alimentos em domicílio, como bares, restaurantes e lanchonetes, em Manaus, em comparação a 2021.  

Manaus ganha destaque com 17,1%  entre as cidades da região Norte que mais

concentram empresas do segmento. Em todo Amazonas são 12.161 bares, restaurantes e lanchonetes ativos no Estado. Sendo 74% do segmento que se enquadra como MEI (Micro Empreendedor Individual). 

A pandemia evidenciou ainda mais a nossa necessidade pela tecnologia, foram importantes ferramentas para o período de adaptação às condições restritivas impostas pela Covid-19. Isso influenciou de maneira significativa a economia, favorecendo algumas atividades como o segmento de fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar foi um dos que conseguiram surfar nessa onda.

Potencializados pelas redes sociais e pelos aplicativos a atividade registrou uma alta histórica que quando comparamos os anos de 2018 e 2019 a 2020 e 2021 a alta foi de mais de 170% só na cidade de Manaus, quando analisamos o Estado do AM a alta foi de 174%. Fica nítido assim, que com todo o exposto a inovação, a adaptação e o uso da tecnologia durante a pandemia foram propulsores para algumas atividades da nossa economia, sobretudo no setor de serviço e auxiliando o(a) microempreendedor(a).

Para André Leão, CPO (Chief Product Officer) da DataHub, a alta se deve ao fato de as empresas terem focado no uso da tecnologia para ampliar a oferta, já que as medidas restritivas impostas pela Covid-19 impediram acesso dos consumidores em locais físicos.

“A pandemia evidenciou ainda mais a nossa necessidade pela tecnologia, foram importantes ferramentas para o período de adaptação às condições restritivas impostas pela Covid-19”, explica André, citando como exemplo as redes sociais e aplicativos.

“Fica nítido assim, que com todo o exposto a inovação, a adaptação e o uso da tecnologia durante a pandemia foram propulsores para algumas atividades da nossa economia, sobretudo no setor de serviço, auxiliando para sobrevivência do microempreendedor”, conclui Leão.

Encerramento

A pandemia também provocou o fechamento de milhares de bares, restaurantes e lanchonetes, nos Estados e cidades em que o estudo foi realizado.

Na pesquisa é possível observar que no mês de fevereiro de 2021 é quando ocorre mais fechamentos, isso se dá porque o primeiro trimestre do ano no Brasil, foi marcado por um cenário macroeconômico e político desafiador, com preocupações sobre a inflação e alta nas taxas de juros de longo prazo em países desenvolvidos, a atividade econômica mais fraca no Brasil por conta da piora aguda da pandemia, além de ruídos políticos e incertezas fiscais. Que foi sentido por todos os Estados da Federação, incluindo o Amazonas, que seguiu a tendência.

De janeiro a dezembro de 2021, 3.446 empresas dos segmentos de bares, restaurantes e lanchonetes, fecharam. Destas 97% do segmento se enquadravam como microempresa. 44% dos estabelecimentos fechados no período eram Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, 43% dos estabelecimentos fechados no período eram restaurantes ou similares, 12% eram do segmento de Bares 69.5% do segmento atuava na cidade de 

Manaus.

Conforme a análise, o auxílio emergencial havia sido encerrado em dezembro de 2020, e

a vacinação ainda caminhava a passos lentos, de modo que com recrudescimento da pandemia os Estados adotaram medidas sanitárias mais restritivas, o que se sobrepôs às expectativas de retomada do segmento -“mas que com o avanço da vacinação e flexibilização das medidas, vão dar fôlego ao decorrer dos meses como podemos ver, e no caso do Amazonas percebemos que as aberturas ao longo de 2021 foram maiores que os fechamentos”, aponta o relatório. 

Outros números

No país, a pesquisa mostra que, em 2019, 59.176 empresas estavam registradas no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) como estabelecimentos responsáveis pelos serviços que abrangem alimentos embalados para consumo, como marmitex, e restaurantes delivery. Já em 2021, esse número saltou para 104.531 empresas.

No comparativo anual, entre 2019 e 2020, houve aumento de 50,42% do número de empresas abertas. O Estado de São Paulo teve o maior aumento (74%) no segmento, saindo de 18.746, em 2019, para 32.631 em 2021.

76,6% nas aberturas de empresas responsáveis pela entrega de alimentos em domicílio, como bares, restaurantes e lanchonetes. O levantamento levou em consideração o período entre 2019 e 2021, durante a pandemia da Covid-19. 

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio

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