19 de dezembro de 2024

Exército constrói e preserva a Amazônia

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Realizar obras de engenharia militar e preservação do Meio Ambiente é uma linha tênue do trabalho do 2º Grupamento de Engenharia do Exército, unidade militar subordinada ao CMA (Comando Militar da Amazônia).

Unidade essa encarregada da gerir todas as obras e serviços do Exército na região Amazônica, tanto obras militares quanto obras de cooperação, que são executadas em parceria com outros órgão públicos das esferas federal, estadual e municipal.

O Centro de Grupamento de Engenharia é uma unidade de engenharia do Exército que possui seis unidades subordinadas: o 5º Batalhão de Engenharia de Construção, situado em Porto Velho-RO; 6º Batalhão de Engenharia de Construção, situada em Roraima-RR; 7º Batalhão de Engenharia de Construção, situada em Rio Branco-AC; 8º Batalhão de Engenharia de Construção, situada de Santarém-PA; 21ª Companhia de Engenharia, localizada em São Gabriel da Cachoeira-AM; e na gestão de obras militares, a Comissão de Obras do 2º Plano de Engenharia, localizada em Manaus-AM.

Em entrevista para a equipe do Jornal do Commercio, o chefe de Operações de Engenharia do 2º Grupamento de Engenharia do Exército, coronel Menezes, explicou que a unidade tem uma facilidade grande de realizar ações de preservação do Meio Ambiente. “Acredito que pela nossa capilaridade de estar espalhados em todas os rincões, lugares que ficam muito distantes e que são pouco habitados da nossa região, principalmente na área de fronteira onde estão localizados os nossos 26 pelotões especiais, somando um total, com 50 homens em cada pelotão, 1.300 homens espalhados em todo o arco fronteiriço da Amazônia”.

E esses pelotões, segundo o coronel, são subordinados às Brigadas que estão situadas em: a 1ª em Boa Vista-RR; a 2ª, na calha do Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira -AM; a 16ª, na calha do Solimões, em Tefé; e na calha do Madeira, em Porto Velho, a 17ª brigada. Além do 2º Grupamento de Engenharia, em Manaus-AM.

“E quando a gente fala em obras de engenharia, vem logo o grande pacto ambiental que essas obras possam causar na Amazônia, por ser o maior patrimônio ambiental hoje do país. Então, é um desafio muito grande executar obras do serviço de engenharia causando um mínimo de impacto ambiental possível. E esse é sempre o nosso pensamento e diretriz” diz ele. Para diminuir esse impacto, Menezes revela que os programas de preservação ao Meio Ambiente realizados pela unidade são aprovadas e vistoriadas pelos órgãos ambientais responsáveis como: Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas) e o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). “A nossa preocupação com o meio ambiente recai também sobre a questão das nossas áreas patrimoniais e áreas de instruções, bem como, das obras que estão espalhadas em toda a região amazônica. Entre as obras que executamos posso citar: a construção de estradas, pistas de pouso, construções de quartéis, pontes e residências funcionais para os militares. Então, em todos os nossos projetos há uma preocupação com o mínimo de impacto ao meio ambiente”. E dentro desse projeto, o coronel também pontuou o programa de recuperação de áreas degradadas realizada pela unidade como, por exemplo,”quando construímos uma estrada a gente pega um material, muitas vezes de outra região, para colocar naquela obra. Porém, é preciso, posteriormente fazer uma reconfirmação de toda a área ambiental onde extraímos o material. Plantando mudas e espécies nativas daquela região podemos fazer o reflorestamento dela”, diz.

“E também temos obras de cooperação com o Dnit e com o governo do Estado do Acre. Mas já tivemos obras com a Infraero, Petrobras e com a Prefeitura Municipal de Manaus. E, atualmente, estamos ampliando quartéis, moradias para os militares, manutenção das áreas de instrução, de estradas e etc. Então, dentro de todo esse contexto, com essa grande quantidade de obras que estamos realizando, há sempre a preocupação com a preservação do Meio Ambiente. E vale reforçar que quem executa essas obras são os nossos Batalhões de Engenharia e Companhias”, frisa ele.

Dados da Amazônia Brasileira
A extensão territorial da Amazônia Brasileira gira na ordem 5.500.000 km², mais da metade de todo o território brasileiro. E considerando a Amazônia Legal estão incluídos os Estados de Tocantins, parte do Maranhão, Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará e Mato Grosso, de responsabilidade militar.

CMA
Em Manaus, as áreas de responsabilidade do CMA (Comando Militar da Amazônia), que é chamado de Amazônia Ocidental compreende os Estados do Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre.

O coronel explicou que toda a Amazônia é dividida em duas unidades de áreas: o CMA, em Manaus e o Comando Militar do Norte, em Belém do Pará, que compreende os Estados do Amapá e parte do Maranhão e do Mato Grosso.

Degradação do Meio Ambiente
“Então, o Exército sempre pautou sua conduta, não só na execução de obras, mas também nas suas atividades militares, como exercícios nos terrenos, operações, adestramentos e etc pela preservação do Meio Ambiente. Como exemplo, a conservação dos nossos Campos de Instrução (área militar destinada ao adestramento, exercícios, cursos para a tropa) , que estão espalhados na Amazônia”, citou ele.

Entre essas áreas de instrução, o coronel citou o CIGS, localizado no bairro do Puraquequara, considerada a maior área de treinamento do CMA. “Então se você for observar aquela área, ela é altamente preservada. Não tem devastação. Não tem invasão de terra ilegal. Não tem queimadas e nem desmatamento. Só há uma estrutura essencial para a realização dos exercícios militares. Na verdade aquela área é santuário”, vislumbra Menezes.

Sobre a pesquisa
Na área de pesquisa, o coronel revelou que o Grupamento de Engenharia do Exército não realiza nenhum tipo de pesquisa sobre Meio Ambiente, porém “A nossa preocupação é sempre voltado para a prevenção de impactos ambientais e também a preservação do patrimônio imobiliário militar antes, durante e após as obras que realizamos nas áreas que fixamos trabalhos, disse ele. Mas, mesmo assim, na área de pesquisa, a Unidade tem parcerias com alguns órgãos que auxiliam dentro das necessidades das obras realizadas como, por exemplo, a utilização das tecnologias de pesquisas mais recentes que vêm sendo realizadas por essas instituições. “Como por exemplo o Inmpa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), onde pudemos conhecer materiais alternativos para a construção civil e o uso de estações de tratamento de esgotos ecológicos; a Fiocruz, que estuda as questões de doenças tropicais, pois estamos em constantes operações no interior da selva, onde a nossa tropa está sujeita a adquirir certas doenças; e com o Instituto de Medicina Tropical do Amazonas”.

Para Menezes, o trabalho de preservação do meio ambiente está muito voltado para as áreas de atuação militares. “A gente sabe que a Amazônia é muito grande. Então, existem os órgãos que são responsáveis por isso como: o Ibama, Ipaam,os Institutos Estaduais e municipais. Mesmo assim, a gente participa bastante de operações interagências com esses órgãos, com o objetivo de inibir e combater os crimes ambientais
“, finalizou ele.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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