21 de dezembro de 2024

Flamengo demite preparador físico que agrediu Pedro

Flamengo demitiu Pablo Fernández, preparador físico que agrediu o atacante Pedro com um soco no rosto, no vestiário da Arena Independência, em Belo Horizonte, logo após a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG. O argentino foi comunicado da decisão no começo da noite deste domingo. A direção ainda terá uma reunião com Jorge Sampaoli para definir o futuro do treinador.

O clima era de saída mesmo antes da delegação retornar para o Rio de Janeiro. Pablo ficou em Belo Horizonte para prestar depoimento na delegacia, assim como Pedro, que também precisou fazer exame de corpo de delito para registrar o caso.

Pablo Fernández, além de ser preparador físico, era uma figura importante na comissão técnica de Sampaoli. Tinha voz ativa nas decisões e inclusive dava treinos no Ninho do Urubu. Por ora, a situação de Marcos Fernández, filho de Pablo, está indefinida.

Ainda neste domingo, o vice de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel vão se reunir com Sampaoli. O presidente Rodolfo Landim, que está em Miami para compromissos com o Inter Miami e o Real Madrid sobre modelos de gestão, conversa ao telefone com os dirigentes rotineiramente. Questões jurídicas e a boa fase do Flamengo pesam na balança que oscila na tomada de decisão a respeito do futuro do técnico. Responsável direto pela escolha pelo treinador há pouco mais de quatro meses, Landim terá voz ativa na decisão.

O preparador físico chegou ao Rio na manhã desde domingo e se manteve em silêncio até um pronunciamento feito por nota oficial. Pablo pediu desculpas para Pedro e reforçou o desejo de se acertar com o jogador. O preparador confessou ter reagido da pior forma na situação.

Leia a nota do preparador:

“Eu poderia começar essas palavras de mil maneiras, mas a única que realmente faz sentido é pedir desculpas. Ao Pedro, aos colegas, aos trabalhadores e ao Flamengo.

Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e fiz errado. Foi planejado que hoje seria um dia de folga. É uma pena, porque eu gostaria de poder, primeiro, falar sobre isso pessoalmente com todos os funcionários do clube. Senti-me muito magoado com uma situação e reagi da pior forma.

Estive pensando sobre o que aconteceu por horas e gostaria de poder voltar no tempo. Mas não se pode. O que existe é o presente e o futuro. Isso é pedir perdão e tentar novamente. Todas as vezes que for necessário. Lamento e gostaria de corrigir.

A alta competição geralmente tem coisas que nos fazem mal. Situações de alto estresse que nos fazem reagir e pensar mal. Não pretendo situar esse contexto como uma desculpa, mas como uma explicação.

Definitivamente, se eu tivesse divergências com o Pedro deveria tê-las resolvido em outro momento e de outra forma. Vou tentar fazer isso acontecer. Vou trabalhar para mudar e ser melhor.”

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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