O general-de-brigada Algacir Polsin comunicou antecipadamente, na manhã desta quarta (28), o seu desligamento oficial da Suframa, encerrando mais de dois anos de gestão. O anúncio foi feito durante reunião realizada no auditório da autarquia, na qual participaram representantes de entidades classista da indústria, comércio e agropecuária. Texto divulgado pela assessoria de comunicação da autarquia federal informa que a expectativa era que a exoneração fosse formalizada na edição Diário Oficial da União desta quinta (29).
Ainda não se sabe quem será o novo titular efetivo. A bolsa de apostas inclui nomes como o do ex-secretário da Sefaz e também ex-superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, e dos ex-deputados federais Bosco Saraiva (Solidariedade) e José Ricardo (PT). Diante da indefinição, o cargo será interinamente ocupado pelo economista Marcelo Pereira, nomeado na terça (27) como superintendente adjunto executivo. Lideranças do PIM ouvidas pela reportagem do Jornal do Commercio não poupam elogios ao general e mantêm expectativa que seu substituto continue valorizando e modernizando a gestão da autarquia.
O presidente da Fieam e vice-presidente executivo da CNI, Antonio Silva, avalia que a interlocução promovida pelo general com os agentes econômicos foi de “suma importância” para o sucesso das ações. “Os números recordes de faturamento e mão de obra são reflexo disso, assim como a recorrência das reuniões do CAS e a consolidação de uma metodologia clara sobre a renúncia fiscal por empregado do PIM, o que nos possibilitou a construção de indicadores acurados”, salientou.
O dirigente ressalta ainda a reaproximação da Suframa com Estados vizinhos e o “nítido avanço” nas questões relacionadas aos PPBs. “Estes passaram a ter uma análise célere e conclusiva. Para 2023, esperamos a continuidade dos planos estruturais e de modernização da Suframa, em especial no respeitante às pautas de ciência, tecnologia e informação, e do vetor bioeconomia”, listou.
Reestruturação e diálogo
O vice-presidente da Fieam e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, Nelson Azevedo, disse que a gestão Polsin foi marcada por acertos na administração dos incentivos fiscais federais, diálogo com órgãos governamentais, e melhorias contínuas. “Ele sempre se pautou na legalidade, habilidade e franqueza em atender os pleitos da indústria, sabendo dizer não quando estes excediam limites legais. Deixa um legado de higidez no trato da coisa pública e de ações em prol do desenvolvimento regional. Seu período será lembrado como uma gestão competente e de grandes avanços”, afiançou.
O presidente executivo da Eletros, José Jorge do Nascimento Júnior, considera que a reorganização e reestruturação da Suframa deram o tom da gestão do general, assim como o aprofundamento do diálogo com a sociedade civil. “Ele procurou resolver todos os problemas, melhorar a governança institucional e foi um grande líder, no sentido de harmonizar os interesses da ZFM, empresas e governo, mesmo quando os temas eram divergentes. Foi importante para ressignificar a atuação da Suframa, dotando-a de uma segurança jurídica melhor e previsibilidade de atuação. Acredito que ele sai fortalecido”, finalizou
