Na última segunda-feira (29), foi comemorado o Dia Mundial da Energia, data criada em 1981 em Portugal para conscientizar sobre a importância de pensar em formas renováveis de energia e na economia do consumo. No quesito geração, o Brasil está em uma posição favorável, pois 90% de sua matriz energética são provenientes de fontes de energia limpa (hídrica, eólica, solar, gás natural e biomassa).
Nos últimos anos, a energia por fonte solar ganhou destaque, com a adesão de consumidores residenciais, comerciais, industriais e do campo. Passou a ser a 2ª principal do Brasil com a produção de 28.961 megawatts (MW), do total 212.473 gerados por todas as fontes, e uma participação de 13,1%. A energia por fonte hídrica é predominante, com 109.864 MW produzidos, e 49,8% de participação, segundo estatística da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Em quatro anos, a produção de energia fotovoltaica saltou 257% no Brasil. Saiu de 8.094 MW gerados em 2020 para 28.961 MW em abril de 2023. Em sete anos, a evolução é de 2.400%. E a adesão a essa matriz energética impacta na economia e no meio ambiente. Para se ter uma ideia, nos dados acumulados desde 2012 são mais de R$ 143,4 bilhões em novos investimentos, mais de 868 mil empregos gerados, mais de R$ 42,7 bilhões em tributos arrecadados e mais de 36,7 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) evitados, segundo a Absolar.
Atento a esta tendência, cada vez mais acessível aos brasileiros, o Sicredi disponibiliza aos associados –pessoas físicas, empresas e produtores rurais –linhas de crédito para projetos de energia solar e renovável. A procura é crescente, como mostram os dados da carteira de crédito para essas finalidades.
Nos Estados das regiões Norte e Centro-Oeste (AM, PA, RO, AC, AP, RR, MT e algumas cidades de Goiás), área de atuação da Central Sicredi Centro Norte, o crescimento foi de 68,5% no mesmo período, quando as contratações passaram de R$ 272,6 milhões para R$ 459,3 milhões. A quantidade de operações pulou de 1.358 para 2.307, incremento de 70%.
Além do crédito, o Sicredi também disponibiliza aos associados o consórcio sustentável, para aquisição de equipamentos ecoeficientes que contemplam energia solar e renovável.
Iniciativa na empresa e residência
O empresário e investidor Roberto Egídio Rauber decidiu investir em energia solar para atender ao Residencial Flor da Serra, de sua propriedade no município de Itacoatiara (a 270 km de Manaus); e também uma franquia de cosméticos e perfumaria, além de sua própria residência.
Implantada há 8 meses, Rauber disse que já consegue ver os resultados positivos do projeto de energia solar. “É um investimento certo e ecologicamente correto”, avalia o empresário, informando que já tem planos para ampliar o projeto. “Com disponibilidade da belíssima natureza, que nos proporciona um sol raiando praticamente o ano todo, não é preciso pensar muito em fazer investimento nesse segmento de energia solar”, ressalta.
Rauber investiu R$ 230 mil com o projeto de energia solar, parte deste recurso com financiamento junto ao Sicredi. O projeto está gerando 4 mil kilowatts de energia por mês. “Na verdade, considero a energia solar como um investimento. A economia virá depois do retorno deste investimento, mas já conseguimos ver os resultados positivos”, avalia o empresário.
