Greve da construção civil em Manaus chega ao fim após acordo entre sindicatos

Em: 3 de julho de 2025
Sinduscon-AM e Sintracomec fecham acordo e encerram paralisação com ganhos para trabalhadores.
Paralisação da construção civil reúne 10 mil em Manaus. Trabalhadores pedem reajuste de 12%, cesta básica e plano de saúde - Foto: Arquivo/Agência Brasil
Paralisação da construção civil reúne 10 mil em Manaus. Trabalhadores pedem reajuste de 12%, cesta básica e plano de saúde - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM) finalizou, na quarta-feira (2) a negociação coletiva com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Montagem Industrial de Manaus e Amazonas (Sintracomec).

A mediação da Delegacia Regional do Trabalho (MET) encerrou o movimento paredista com obrigação de compensar os dias parados.

Reajuste salarial de 8% para a categoria

O acordo prevê reajuste salarial de 8%, que representa um ganho real de 48% sobre o índice INPC. O aumento será aplicado imediatamente para a maioria dos trabalhadores.

Para as funções técnicas, o reajuste será dividido em duas etapas:

  • 6% em julho de 2025
  • 2% em janeiro de 2026 (não cumulativo)

Para salários superiores ao dobro do maior vencimento da categoria, será pago um abono, livremente pactuado entre empresa e trabalhador.

Cesta básica

O valor da cesta básica aumentou para R$265, um reajuste superior a 30%. O benefício será concedido apenas para empresas associadas ao Sinduscon-AM, mantendo as condições anteriores.

Manutenção dos demais benefícios e prazos

Foram mantidos todos os demais benefícios e obrigações previstas na CCT 2024/2025 e a nova Convenção Coletiva a ser firmada para vigência 2025/2026 será arquivada junto ao MET – Delegacia Regional do Trabalho até a próxima segunda-feira (7).

A greve

A greve começou na última sexta-feira (28), após a proposta patronal de reajuste escalonado de 7% ser rejeitada pelos trabalhadores, que exigiam valorização profissional e melhores condições de vida.

Durante os dias de paralisação, o Sintracomec, sindicato que representa a categoria, esteve firme na defesa dos direitos da base. “Estamos lutando por respeito, por dignidade e por condições mínimas para sustentar nossas famílias”, afirmou o secretário-geral do sindicato, Elizomar Amorim.

Com mais de 30 mil trabalhadores empregados, o setor da construção civil é um dos pilares da economia de Manaus.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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