Entre os dias 18 e 23 de novembro de 2024, o Brasil enfrenta um período de instabilidade climática, com diversas regiões sob alerta para chuvas intensas, que podem gerar riscos à população. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso para todas as regiões do país, destacando a previsão de tempestades, ventos fortes e possíveis alagamentos. A intensidade das chuvas variará entre 20 mm/h a 50 mm/dia, e rajadas de vento poderão atingir até 60 km/h. A previsão é de que esse período chuvoso afete o país de forma desigual, com alguns estados enfrentando condições mais severas.
Região Norte: Chuva intensa e impactos nos rios
Na Região Norte, todos os estados enfrentam o alerta de “perigo potencial” devido a chuvas intensas. Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins são os mais afetados, com acumulados de chuva variando entre 80 mm e 100 mm. Essas condições podem ter impactos significativos na recuperação dos rios, que estavam com o nível abaixo do normal, mas agora têm a expectativa de regularização até o final de dezembro ou início de janeiro de 2025, com o aumento das chuvas.
Região Nordeste: Tempo quente no leste, mas chuvas no oeste
No Nordeste, a Bahia está sob alerta de “perigo potencial” devido à previsão de chuvas intensas. O oeste e o centro-sul da Bahia, bem como o centro-sul do Maranhão e o Piauí, devem receber volumes significativos de chuva, com acumulados de até 100 mm em cinco dias. Já nas áreas do nordeste da Bahia, interior de Pernambuco e faixa litorânea leste, a previsão é de tempo quente e seco, com temperaturas que podem atingir até 35°C. Essa disparidade no clima pode trazer desafios para o gerenciamento da água e das condições agrícolas na região.
Centro-Oeste: Precipitações regulares e risco de ventos fortes
O Centro-Oeste, que inclui os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, também está sob alerta para chuvas intensas, com acumulados variando entre 40 mm e 80 mm ao longo da semana. A previsão inclui temporais e rajadas de vento entre 40 km/h e 60 km/h. Esse cenário pode causar transtornos nas áreas urbanas e rurais, como alagamentos e dificuldades na drenagem. A situação requer atenção, especialmente em áreas mais suscetíveis à formação de enchentes.
Sudeste: Minas Gerais e Espírito Santo enfrentam risco de alagamentos
Dois estados da Região Sudeste — Minas Gerais e Espírito Santo — também estão em alerta para chuvas intensas. No sudeste de Minas Gerais, as chuvas podem atingir volumes de até 50 mm em 24 horas, aumentando o risco de alagamentos e deslizamentos de terra, especialmente em áreas de relevo acidentado. Entre os dias 22 e 23 de novembro, a chegada de um ciclone extratropical ao litoral pode intensificar ainda mais as condições climáticas, com chuvas fortes, rajadas de vento superiores a 70 km/h e a possibilidade de granizo. A combinação dessas condições pode gerar riscos significativos à segurança da população e à infraestrutura.
Sul: Alerta máximo em Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná
A Região Sul é a que mais exige atenção neste período. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estão sob o alerta máximo de “perigo” devido a chuvas intensas. Os volumes de chuva podem variar entre 30 mm/h a 60 mm/h ou até 100 mm/dia, com ventos que podem alcançar até 100 km/h. O risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas é elevado. Regiões como a Serrana, Oeste Catarinense, Vale do Itajaí e Norte Catarinense precisam estar preparadas para condições extremas de tempo.
A semana começou com uma frente fria que trouxe temporais ao Rio Grande do Sul, com rajadas de vento superiores a 60 km/h e a possibilidade de granizo. A partir de quinta-feira (21/11), um ciclone extratropical próximo à costa deve intensificar ainda mais as chuvas, com volumes podendo ultrapassar 200 mm em algumas áreas, especialmente no leste do Rio Grande do Sul e no sudeste catarinense. O Paraná também está sob alerta de “perigo potencial”, com chuvas intensas previstas para os próximos dias.