25 de novembro de 2024

Internet segue como aliada das vendas dos pequenos negócios

Segundo a 3ª edição da pesquisa Pulso, realizada pelo Sebrae em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a internet é a grande aliada dos donos de pequenos negócios  para vender seus produtos. As ferramentas digitais são as estratégias de vendas utilizadas por pelo menos 76% dos empreendedores no Amazonas. 

Em detrimento da pandemia, as micro e pequenas empresas no Amazonas, tiveram grande adesão ao novo jeito de comercializar os produtos e serviços pela internet,  tidos como novo modelo de negócio. A tendência do recorte dos números no Amazonas é significativa em comparação aos índices nacionais de 69%.

A internet possibilitou aos pequenos minimizar os impactos com as restrições devido a pandemia. Logo que esse comportamento deu sinais de mudanças na forma de gerir os pequenos negócios, a gerente da UAR (Unidade de Atendimento e Relacionamento) do Sebrae Amazonas, Helena Garcia, destacava que dentro do novo normal os empreendedores têm a necessidade pontual de acessar essas plataformas e este novo formato que veio para ficar. Como novos vocabulários, um marketing acessível, a educação passou a ser universalizada, além do uso de máscaras e seguir os protocolos obrigatórios de segurança. “As novas necessidades empresariais que surgem, daí as novas adequações às exigências, ou seja, o novo modelo de negócio submetendo-se às novas imposições do mercado no momento”.   

Outro dado que a pesquisa evidencia é que Pix é a principal forma de pagamento utilizada pelos clientes de 50% dos empreendedores ouvidos no Amazonas. O percentual está acima da média nacional, que é de 41%.

Para o economista e analista do Sebrae-AM, Ricardo Sampaio, as modalidades comerciais mudaram, tanto as relações de compra quanto os meios de pagamento, e o foco principal, principalmente depois da pandemia,  é a praticidade, rapidez e a minimização de processos físicos. Por essa razão, especialmente entre microempreendedores,os meios digitais tiveram grande relevância nos últimos tempos.

Ele explicou basicamente que há duas formas de atuação no Mercado Financeiro Virtual: as já “tradicionais” (dinheiro, pix, cartão de débito e crédito) e as “Criptomoedas”, usadas já por cerca de 14% das operações no Brasil. “As vantagens para o MPE de ambos é o fato de que não necessitam de formalização, especialmente o Pix, que pode ser feito para pessoas físicas, sem complicações, além de minimizar riscos de segurança, por estocar valores, já que as operações virtuais não envolvem a posse do meio de pagamento”. 

Além disso, ele aponta, como vantagem competitiva desse meio de pagamento -Maior segurança nas operações –contábil e de integridade física. Minimização de tempo de processos e maior facilidade de controle.Menor densidade de pessoas para operar e menores custos. “Por serem mais cômodos para o cliente, aumenta o ticket médio de compras. Além de possibilitar o mapeamento da Jornada de Compras do Cliente, facilitando planos de Marketing”. 

Helena Garcia: novo formato que veio para ficar

Outros recortes

No quesito faturamento, considerando o mês de abril deste ano sobre o mesmo mês do ano  na comparação com o mesmo mês em 2022, 38% dos pequenos empreendedores do Amazonas disseram que tiveram queda. Outros 30% disseram que o faturamento permaneceu igual e 27% relataram aumento no faturamento.

Em relação à clientela, 53% dos pequenos negócios no Amazonas disseram que a maioria dos seus clientes estão na cidade onde o empreendimento está sediado. Clientes de empresas ativas no bairro foram citados por 33% e outros  9% no Estado. Do total, 2% disseram que a maior parte dos seus clientes está em outros Estados.

O contexto de dívidas dos pequenos negócios no Amazonas correspondem a 37% onde os participantes disseram ter empréstimos ou dívidas com pagamentos em dia. Outros 34% relataram estar com parcelas em atraso e 29% disseram não ter dívidas ou empréstimos.

Os investimentos nos pequenos negócios por meio de empréstimos fazem parte do comportamento de 52% dos entrevistados no Amazonas. Onde 31% investiram em instalações, 27% ampliação do espaço físico, outros 23%,  20% investiram em máquinas, informática, equipamentos e treinamento de empregados, 17% em informática e software,  treinamento de sócios 10% e 7% em veículos. 

A sensação de otimismo faz parte de 30% dos pequenos empresários no Amazonas. Para os entrevistados  “o pior já passou”, contra 29% da média nacional.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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