Em viagem a Belo Horizonte nesta segunda-feira (9), Marina Silva disse que a indicação do PSB de São Paulo de apoiar os tucanos na disputa estadual não irá tirá-la da chapa do pré-candidato ao Planalto Eduardo Campos.
Candidata à vice-presidência na chapa de Campos (PSB), Marina reafirmou em entrevista que, se a posição do PSB paulista for mantida, ela não subirá no palanque do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição.
Indagada se isso poderia afastá-la da chapa presidencial, ela separou as duas coisas. “Não estamos discutindo a chapa. A chapa e o programa [de governo] estão compatíveis com o que foi a nossa discussão no dia 5”, afirmou.
Marina se referia ao dia 5 de outubro de 2013 quando ela firmou a aliança com Campos, ingressando no PSB, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) barrar a criação da Rede Sustentabilidade, partido pelo qual pretendia disputar a Presidência.
“O que saiu dessa compatibilidade foi o compromisso que o Márcio França [presidente do PSB-SP] tinha assumido, de que haveria candidatura própria em SP e que ele, nessa reunião que tivemos, apresentou uma indicação para a convenção em uma outra discussão”, disse ela.
Ex-secretário de governo na gestão Alckmin, França vai defender na convenção do partido o indicativo que fez, enquanto Marina ainda vai trabalhar para tentar mudar essa posição.
“A convenção do PSB de São Paulo ainda não aconteceu. Espero que o PSB de São Paulo possa rever a sua posição”, disse Marina, acrescentando que ela e Campos estão “manejando essas diversas situações”.
A ex-senadora tem insistido que ter candidatos próprios do PSB nos Estados será, além de manutenção da independência do partido, também importante suporte para o projeto presidencial de Campos. Ao dizer que não subirá no palanque de Alckmin, Marina aproveitou para demonstrar suas diferenças com o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSB ao Planalto.
“O governador Alckmin, com certeza, apoia o seu candidato a presidente da República, o que é uma pena. Por isso estamos com todo afinco trabalhando para viabilizar também em Minas Gerais o nosso projeto, base de sustentação coerente e compatível com o projeto nacional”, afirmou.
Em Minas, contudo, há uma grande possibilidade de integrantes da Rede liderados pelo ambientalista Apolo Heringer, postulante ao governo mineiro, racharem o PSB se o indicado para concorrer ao Executivo for o deputado federal Júlio Delgado -aliado político de Aécio.
Ao lado de Marina durante a entrevista, Heringer disse que o fato de o PSB em Minas já ter optado por ter candidato próprio é um passo muito importante, mas disse ver “dificuldade para o PSB se descolar do PSDB”.
Diante dessa afirmação, ele repeliu a eventualidade de o PSB ter uma “candidatura própria que não seja apropriada”. Coube a Marina tentar pôr panos quentes e elogiar Delgado como deputado e o compromisso dele com a candidatura própria.
Marina descarta crise no PSB
Em: 10 de junho de 2014
Apoio do PSB a Alckmin em SP não muda indicação de vice-presidente na chapa de Campos
Redação
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