Seguindo tendência nacional, o mercado automotivo de seminovos e usados no Amazonas fechou em alta, informações da Fenauto (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) apontam aumento de 2% em dezembro em relação a novembro de 2023. A nível nacional, o setor fechou o ano com alta de 12% em comparação a 2022.
Conforme a federação, apesar do número representar um queda de 4,8% em relação a dezembro do ano passado, os dados do Amazonas são positivos em relação ao acumulado do ano e ao mês de novembro, 5% e 2%, respectivamente.
Na comparação com novembro, o quantitativo de vendas foi de apenas 8.239 veículos seminovos, em dezembro foram comercializados 8.400 veículos no total. Com relação à média por dia foram vendidos 420 veículos, conseguindo evoluir nos referidos percentuais.
No acumulado do ano foram mais de 102.645 automóveis vendidos em relação aos 97.746 comercializados em 2022. Uma média de 411 carros vendidos por mês.
Segundo o representante do segmento no Amazonas -presidente da Alveam (Associação dos Lojistas de Veículos do Estado do Amazonas), afiliada à Fenauto, Lucciano Luiz Liborio de Almeida, alguns fatores são apontados como responsáveis para o resultado. Como o fim do programa do governo federal de incentivos para as montadoras onde proporcionou descontos de até R$ 8 mil para os consumidores comprarem veículos 0 km. “Depois que finalizou os descontos, o consumidor viu novamente a opção de comprar um seminovo e a procura voltou com muita força durante os últimos três meses de 2023. Além dos feirões de banco, reduzindo a taxa de juros e melhorando a aprovação de crédito”, atribuiu.
Ele frisou que após a portaria do governo que alterou os valores patrocinados para automóvel ou veículo comercial leve, o mercado voltou melhor e a expectativa para 2024 é ainda mais otimista. Tem ainda o aumento do salário mínimo, atrelado também a projeção de crescimento da economia que está num número favorável, além da possível queda da taxa básica de juros a 9%. “Outra coisa boa também, é a elevação dos impostos para veículos elétricos. Vai aumentar, então possivelmente os carros seminovos vão vender mais”, assinalou.
O representante menciona ainda que a queda da taxa Selic favoreceu o mercado de juros barateando o crédito e as prestações. ”Isso contribuiu mais para o cenário de demanda reprimida bem como a força de venda de final de ano, principalmente de dezembro. Outro fator que precisamos mencionar é a inflação que ficou mais controlada. Isso também ajudou bastante”.
Categoria
Os carros seminovos (até três anos) lideram nas vendas, representando 5,4% do mercado em dezembro. Os carros usados jovens de quatro a oito anos ocupam o segundo lugar, com 1,2% nas vendas, os maduros (nove a doze anos) 0,3% nas vendas, os veículos considerados velhinhos com mais de 13 anos aparecem como terceira opção em comercializações em dezembro.

Entre os carros mais vendidos, o Onix liderou as vendas com 407 unidades comercializadas em novembro, seguido de Gol 400 e Hyundai 206. Entre os modelos comerciais leves, o Fiat Strada liderou as vendas na categoria o modelo teve 196 unidades comercializadas em dezembro, seguido da GM S10 186 e Saveiro 168.
Resultado histórico no país
Foram quase 14,5 milhões de vendas de carros usados, confirmando as expectativas,
segundo o relatório da entidade, o mercado de veículos seminovos e usados registrou a sua segunda maior marca histórica em vendas, apresentando um crescimento de 9,1% de volume por dia útil. No último mês do ano foram vendidos 1.383.870 veículos, chegando ao acumulado de 14.448.434 unidades comercializadas em 2023.
Para o presidente da Fenauto, Enilson Sales, “nosso relatório mostra um percentual de aumento expressivo na comercialização de veículos, conforme já estávamos prevendo. Desde 2015 o nosso mercado vem apresentando resultados positivos, indicando um crescimento sustentável como esse verificado em 2023. Acreditamos que, para 2024, essa tendência positiva deve continuar”.
O acumulado de vendas de veículos com 13 anos, ou mais, foi o mais expressivo, com um crescimento de 13,5% em relação a 2022, chegando a um total de 5.033.345 unidades no ano.