14 de setembro de 2024

Mercado de vagas temporárias fechou 2022 com leve retração

O ano de 2022 gerou 2.403.560 vagas temporárias em todo o Brasil. O resultado é 0,49% menor do que o de 2021, quando foram geradas 2.415.419 vagas. Para a Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário), apesar da retração em relação ao ano anterior, o resultado de 2022 foi excelente.

“O cenário incerto das eleições presidenciais provocou o adiamento das contratações no último trimestre de 2022. Por isso, os resultados não alcançaram as projeções da associação. Porém, este adiamento vai impactar de forma positiva neste início de 2023”, garante Abreu. “Teremos inúmeras oportunidades, basta o trabalhador estar atento”, conclui.

Apesar da queda no volume, o  mês de dezembro é sempre  uma excelente oportunidade para quem busca recolocação no mercado, mesmo porque são diversos setores comerciais dispostos a contratar este tipo de mão de obra em razão da demanda puxada pelo 13º salário na economia com as festas de fim de ano. 

Ralph Assayag, presidente da CDL Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas) enfatizou que no último mês do ano há sempre uma necessidade maior, especialmente porque aumenta o volume de  vendas. “O décimo  13º salário traz um volume grande de incremento para a economia, ou seja, quem não contrata dificilmente consegue realizar as suas vendas como deveria”.

Embora os números de contratos temporários em 2022 ainda não estejam consolidados, a CDL Manaus projetou a oferta de 5,5 mil empregos no fim de ano, números, inclusive, que devem ser batidos em relação a 2021. 

Quem garantiu os direitos assegurados como trabalhador temporário com a demanda de dezembro foi a estudante universitária, Daniela Oliveira. Ela garante que as chances de se tornar fixa no mercado de trabalho são grandes. “Eu bati a minha meta muito rápido e isso trouxe confiança para empresa. Agora eu quero manter o volume de vendas com a chegada das voltas às aulas, tida como mais uma data importante para as vendas do comércio”, destacou a vendedora que atua em uma loja de calçados.

Segundo a especialista em estratégia de carreira, Ghiysa Benchimol,  o fim do ano é a época certa para encontrar a tão sonhada oportunidade no mercado de trabalho.

Mas, apesar do aumento da oferta de vagas no fim do ano, ela lembra que a concorrência também é maior. Por isso, segundo Ghiysa Benchimol, é preciso ter estratégia na hora de se candidatar.

“Para quem está desempregado ou precisa de renda extra, este pode ser o momento ideal para conquistar uma oportunidade. Os empresários da capital amazonense devem efetivar os funcionários após a temporada, então, o candidato deve ter em mente que precisa dar o seu melhor. Foco, determinação e pontualidade continuam sendo algumas das exigências, mas a pessoa não pode esquecer que a maneira de se portar e como se vestir também são quesitos avaliados na hora de decidir quem fica e quem sai”, disse a especialista.

Projeção

De acordo com a Asserttem, o ano de 2023 traz projeções positivas e de crescimento para o mercado de contratações temporárias. A entidade estima alta de 8% na geração de vagas dentro desse formato no 1º trimestre de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. Os números apontam que a indústria será o foco das novas oportunidades de janeiro a março. 

De acordo com o presidente da associação, Marcos de Abreu, as empresas brasileiras entenderam a garantia jurídica e a contratação rápida da modalidade e estão se apoiando nela para atender suas demandas.

“O conhecimento jurídico do Trabalho Temporário está permitindo o aumento desta modalidade de gestão de mão de obra a cada ano. Isso nos faz crer, em condições normais, em uma expectativa positiva para o ano de 2023”, sinaliza.

“Entre janeiro e março do ano passado tivemos mais de 774 mil vagas temporárias. Agora, para o mesmo período de 2023, estima-se que esse número ultrapasse as 830 mil vagas. Mas, é claro que isso em condições normais, já que um novo governo se inicia. Ou seja, se não tivermos nenhuma alteração na legislação ou fatos que impactem fortemente a economia nacional”, explica Abreu.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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