Mercado em alta impulsiona crescimento de empresas do setor e procura por mão-de-obra

Em: 13 de agosto de 2007

O momento positivo do setor cafeeiro tem incrementado diretamente os negócios das empresas do ramo. Pelo quarto ano consecutivo, a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) confirma aumento do consumo de café: no último ano, o crescimento chegou a 5%.
Apesar da trajetória ascendente significativa, esse dado é ainda mais relevante para o mercado de cafés especiais, que cresceu 77% no primeiro semestre de 2006, em relação ao mercado de cafés tradicionais.
A Café do Centro –uma das principais torrefadoras de grãos gourmet e especiais do país – tem percebido diretamente o cenário favorável. De janeiro para cá, a empresa cresceu 40% em relação ao mesmo período de 2006. Os bons negócios incluem a abertura de uma loja da marca em Tóquio, no Japão, e a expectativa de alcançar 45% de crescimento total em 2007.
O momento promissor que o mercado de café passa faz com que cada vez mais baristas, proprietários e funcionários de estabelecimentos comerciais procurem especialização. Apenas pelos bancos do Centro de Excelência em Espresso da Italian Coffee, líder nacional em máquinas de café espresso, passam mais de 200 pessoas mensalmente para receber os cursos gratuitos oferecidos aos clientes da empresa.
Lá são ministrados cursos sobre história do café, variações de espécies, classificações técnicas de blends, detalhes operacionais para o manuseio das máquinas, técnicas de como tirar um bom café espresso, receitas de coquetéis e de outras delícias à base da bebida. Tudo o que é necessário para proporcionar a xícara perfeita aos clientes.
De acordo com Rodrigo Branco Peres, sócio-diretor da Café do Centro , o sucesso do setor cafeeiro repercute em toda a cadeia produtiva “O mercado procura não apenas um café gourmet, mas todo o serviço que está por traz de uma xícara. A elaboração do cardápio de bebidas personalizado, o treinamento e formação dos baristas, a pontualidade e rapidez na entrega, regulagem das máquinas de espresso e o pronto atendimento aos clientes de nossa equipe externa”, destacou Peres.

Cafeicultura orgânica

Cresce em todo o mundo o número de consumidores preocupados com as questões ambientais, sociais e de saúde. Por essa razão, novos nichos de mercado para o café surgem. São os chamados cafés especiais, dentre os quais, destaca-se o café orgânico.
A cafeicultura orgânica é um método de produção que não utiliza agrotóxicos e adubos minerais com alta concentração que causem prejuízos à natureza.
Sistema agroecológico, o cultivo orgânico diminui o risco de deterioração do ambiente e os danos à saúde humana. O controle natural de pragas e a adubação verde são exemplos de práticas usadas nesse sistema.
Cafeicultura orgânica é o tema do “Prosa Rural” veiculado esta semana nas rádios parceiras da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), com informações da Embrapa Agrobiologia (Seropédica – RJ).

Taxas são próximas a 100% ao ano

A cafeicultura orgânica no Brasil tem mantido taxas de crescimento próximas a 100% ao ano, ocupa uma área de 13 mil hectares e mais de 420 produtores. A Embrapa Agrobiologia vem realizando pesquisas na área de cafeicultura orgânica há dez anos.
A Embrapa dá ênfase ao cultivo do café arborizado e na utilização da adubação verde. Os preços destes cafés no mercado nacional e internacional são mais atraentes para os produtores. Por ser a sua produção mais exigente, ele apresenta uma melhor qualidade, mas também uma menor oferta.

Incremento anual de orgânico no exterior é de 20%

Além das orientações fornecidas por pesquisadores, durante o programa “Prosa Rural”, os ouvintes vão poder conhecer a experiência do produtor Luiz Adalto de Oliveira, cafeicultor orgânico da região de Poço Fundo, no sul de Minas Gerais que foi escolhido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil como “Cafeicultor Brasileiro Destaque 2007”. Embora ainda pequeno, o mercado mundial para café orgânico cresce cerca de 20% ao ano. Brasil, Costa Rica, Peru, Méxic

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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