Nyse e ATG criam plataforma para negociar ações do Brasil no exterior

Em: 6 de novembro de 2012
RIO (RJ) – Uma parceria entre a brasileira ATG (Americas Trading Group) e a norte-americana Nyse Technologies, que opera a Bolsa de Valores de Nova York, criou uma plataforma eletrônica de negociações de ações de empresas brasileiras no exterior
RIO (RJ) - Uma parceria entre a brasileira ATG (Americas Trading Group) e a norte-americana Nyse Technologies, que opera a Bolsa de Valores de Nova York, criou uma plataforma eletrônica de negociações de ações de empresas brasileiras no exterior

RIO (RJ) – Uma parceria entre a brasileira ATG (Americas Trading Group) e a norte-americana Nyse Technologies, que opera a Bolsa de Valores de Nova York, criou uma plataforma eletrônica de negociações de ações de empresas brasileiras no exterior.
Na prática, trata-se de um software com tecnologia da Nyse que funcionará como uma Bolsa de Valores.
A nova empresa, batizada de ATS (America Trade Sistem), operará com os papéis listados na BM&F Bovespa e com preço das ações da Bolsa brasileira.
A previsão é que o sistema comece a operar no final de 2013 ou início de 2014.
A ATS terá a brasileira ATG como controladora, com 80,10% do capital. A Nyse, por sua vez, terá 19,90%. Foram investidos US$ 100 milhões na constituição da companhia. As conversas levaram dois anos.
O objetivo é que mais investidores estrangeiros tenham acesso às ações de empresas brasileiras.
A plataforma pretende ser mais ágil e contribuir para a liquidez do mercado. Atualmente, o Brasil tem muitos investidores concentrados em poucas ações, como as da Vale e da Petrobras.
O diretor-executivo da ATG, Arthur Machado, diz que a nova empresa não pretende competir com a Bovespa. A ideia é que a plataforma seja complementar à que já existe no Brasil.
Em seus cálculos, o mercado de ações no Brasil teria condição de aumentar de 10% a 15% sua demanda com a nova plataforma. Esse número seria alcançado após o primeiro ano do sistema, estimou ele.
“Há um desejo de mais negociações na Bolsa brasileira e permitir aos clientes isso seria, no fim das contas, concorrência com a Bovespa. Por outro lado, aumentar a liquidez é aumentar o tamanho do bolo a ser repartido depois”, afirmou Machado, durante a apresentação da empresa, em um hotel da zona sul do Rio de Janeiro.
A nova Bolsa ainda não está regulamentada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). De acordo com o Machado, o ano que vem será dedicado a reuniões com o órgão regulador sobre o assunto.
Bovespa
O diretor disse que ainda não há um acordo com a BM&F Bovespa sobre a utilização do chamado “clearing”, que é o sistema de compensação das transações de compra e venda.
Esse sistema funciona como o de um banco: os clientes fazem as transações e uma área da instituição autentica e transfere os valores.
Sem o acesso a esse sistema, seria impossível à nova plataforma se tornar operacional. Machado disse que a partir de agora a companhia irá negociar com a Bolsa brasileira o acesso ao sistema.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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