O número de pedidos de seguro-desemprego subiu 53% em maio deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2019. Foram registradas 960.258 solicitações no mês, o que representa um recorde na série histórica (iniciada em 2000).
A informação é do Ministério da Economia, que apresentou nesta terça-feira (9) os dados atualizados do mês. Em maio de 2019, o número foi de 627.779.
O número de maio também tem aumento de 28% em relação a abril de 2020, quando foram registrados 748.540 pedidos. Em março, quando começaram as medidas de isolamento que impactaram a atividade econômica, os pedidos alcançaram 536.844.
Os dados do Ministério são atualizados a cada duas semanas e, caso considerada somente a segunda quinzena de maio, há uma queda de 9,6% nos pedidos em relação à primeira metade do mês. Trata-se da primeira diminuição registrada desde o fim de março.
De janeiro a maio, o seguro-desemprego já foi pedido por 3.297.396 pessoas, uma alta de 12,4% em relação a igual período de 2019.
Desde a segunda metade de março, quando começaram as medidas de isolamento que impactaram a atividade econômica, os pedidos somam 1.944.125 (aumento de 25% contra igual período de 2019).
Quem é demitido tem quatro meses para requerer o auxílio no Sine (Sistema Nacional de Emprego), no portal “gov.br” ou no aplicativo de celular “Carteira de Trabalho Digital”.
O Ministério da Economia afirma que, uma vez feita a solicitação pelo trabalhador, não há fila de espera para concessão do benefício.
Membros do governo afirmam que a MP (medida provisória) criada em abril, que permite corte de jornadas e salários ou suspensão do contrato de trabalho, está surtindo efeito. Sem ela, dizem, o número de demissões durante a crise seria maior.
O programa autoriza empresas a fazerem acordos com seus funcionários para suspender integralmente contratos por até dois meses ou para reduzir jornadas e salários por até três meses. Nesses casos, o governo entra com uma compensação em dinheiro para os trabalhadores atingidos.
Até o momento, quase 10 milhões de trabalhadores formais tiveram contratos suspensos ou salários e jornadas reduzidos.
Fonte: Folhapress