Primeira no ‘Ranking QI Regionais – Norte’ promovido pelo Estadão em parceira com a FIA (Fundação Instituto de Administração), a tradicional empresa amazonense Petróleo Sabbá foi o destaque regional no segundo prêmio Estadão Empresas Mais, vencendo a também amazonense Crown Embalagens Metálicas e a Mineração Rio do Norte (PA). Para os organizadores do prêmio, as concorrentes têm em comum o fato de fortalecerem as localidades em que atuam, agindo como polos de atração e retenção de mão de obra qualificada e importante na geração de riqueza regional. Além destas características, a Petróleo Sabbá foi identificada como de forte vitalidade econômica e grande influência na região.
Ter uma empresa com quase seis décadas no prêmio, prova que longevidade e tradição ainda são bons requisitos em uma época de mudanças e inovação constantes, disse o diretor de Projetos Especiais do Estadão, Ernesto Bernardes. “Isso claramente indica que empresas longevas, que viveram as diversas crises econômicas da história do país, aprenderam a reagir rápido, atuar com resiliência e se adaptar rapidamente a novas situações”, ressalta Bernardes.
O QI Regionais utiliza um algoritmo que mede o impacto econômico da empresa -com base em faturamento, patrimônio e os resultados dos últimos quatro anos -atribuindo-lhes uma nota, explica Bernardes. “Esse desempenho é sempre comparado inicialmente com as empresas do mesmo setor, e depois ponderado para que se possam comparar empresas diferentes. No caso dos regionais, são destacadas as empresas que tiveram os melhores desempenhos dentro de sua macrorregião, seja qual for o setor”, conclui.
Reconhecimento da indústria amazonense
Para o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) Wilson Périco, o reconhecimento da Petróleo Sabbá demonstra a pujança da indústria amazonense. “A empresa é uma das pioneiras da ZFM (Zona Franca de Manaus) e o prêmio mostra o dinamismo, a persistência, o profissionalismo da família Sabbá desde a fundação da refinaria em 1957. É um prêmio que enaltece o empreendedorismo amazonense”, comenta.
Mesmo sendo uma empresa tradicional, Périco não vê estagnação nos negócios. “A refinaria está sempre se renovando e inovando no modelo de negócios. Essa modernização constante faz com que seja sempre competitiva em um mercado de grandes nomes, como os que constam na premiação”, afirma o representante da indústria, lembrando que a Reman (Refinaria de Manaus) mantém 800 empregos diretos e mais de 10 mil indiretos na Reman (Refinaria de Manaus).
“Em períodos de crise, manter em funcionamento algo tão grande merece se enaltecido”, conclui.
Melhores práticas de Governança
Nessa segunda edição do Estadão Empresas Mais, pela primeira vez, as melhores rankeadas no levantamento geral foram convidadas a responder um questionário sobre governança corporativa. Dessa avaliação surgiu uma outra categoria de vencedores: as empresas que adotam as melhores práticas de governança corporativa que premiou Ambev, Banco do Brasil, Cielo, Coopersucar, Embraer, JBS, Lojas Americanas, Lojas Renner, Ser Educacional e WEG.
O ‘Estadão Empresas Mais’ tem o objetivo de apontar as mais eficientes e avançadas empresas do Brasil e leva em conta o desempenho econômico e também as melhores práticas de gestão, com base em critérios pré-determinados pelo jornal e pela FIA. Foram analisadas 1,5 mil empresas, de 22 setores da economia, em todas as regiões do país. As empresas com melhor índice são as que apresentaram resultado mais consistente ao longo do histórico dos últimos anos, evitando o efeito artificial das que foram beneficiadas por um evento excepcional.
História
A UN-Reman (Unidade de Negócios Refinaria de Manaus Isaac Sabbá) foi implantada em Manaus com o nome de Copam (Companhia de Petróleo da Amazônia), pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek em setembro de 1956 e inaugurada oficialmente em 3 de janeiro de 1957 pelo fundador Isaac Benayon Sabbá, processando 800 m³/dia de óleo bruto. No ano de 1968 teve sua capacidade de processamento diária ampliada para 1100 m³ /dia, sendo definitivamente incorporada à Petrobras em 1974. Em 2003, a capacidade média foi de 46.000 bpd (barris por dia). Em 2016, a empresa que é uma joint venture entre a Raízen e a IB Sabbá completou 45 anos e anunciou um plano de expansão que considera a abertura de 100 novos postos com a marca Shell na região.