24 de novembro de 2024

Piscicultura do Amazonas recebe maior incentivo

Produtor rural do Amazonas recebe mais incentivo para incrementar piscicultura
Piscicultura do Amazonas recebe maior incentivo

Piscicultores recebem mais incentivo no Amazonas. A Sepror (Secretaria de Estado da Produção Rural) deu continuidade ao programa de apoio permanente ao segmento com o fornecimento de 300 mil pós-larvas de tambaqui, que beneficia pelo menos 100 produtores rurais nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Careiro Castanho.

As atividades têm apoio da Sepa (Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura). Os alevinos vêm do centro de produção de Balbina. E o trabalho também é realizado em parceria com o Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas) e a OCS (Organizações da Sociedade Civil).

Segundo o secretário de Estado de Pesca e Aquicultura, Leocy Cutrim, o programa vem realizando ações contínuas junto aos produtores rurais para dar mais fôlego à produção de tambaqui regional. Piscicultores recebem orientações técnicas para dinamizar as atividades com mais segurança.

“Um trabalho desenvolvido com foco no aprimoramento tecnológico e ainda uma maior sintonia entre essas instituições vêm alavancando o setor no Amazonas”, diz Cutrim. “São iniciativas como essa de maior apoio aos produtores que podem tornar a piscicultura no Estado do Amazonas mais competitiva em relação a outros Estados”, acrescenta ele.

Dono de uma propriedade no Km 75 da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho), no município do Careiro (distante 88 quilômetros da capital), o produtor rural Pedro Egídio Cassol ressalta a importância de um maior incentivo à piscicultura, uma atividade que cresce a cada dia no Amazonas.

Egídio é diretor da Capruc (Cooperativa dos Produtores de Peixe do Careiro Castanho). “São medidas importantes que vão além das ações básicas, suprindo as necessidades do produtor rural e contribuindo também para o desenvolvimento da piscicultura regional”, salienta. “Temos agora mais condições para incrementar a produção”, acrescenta.

Os piscicultores do Careiro receberam 200 mil pós-larvas de tambaqui e os de São Gabriel, 100 mil alevinos. O Idam oferece todo o suporte técnico para orientar os produtores rurais. Uma medida que pode evitar prejuízos e também um eventual fracasso nos negócios.

O presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas), Muni Lourenço, avalia que a piscicultura tem hoje o maior potencial de crescimento no Amazonas, mas o Estado continua importando pelo menos 85% do tambaqui e da matrinxã, produzidos em cativeiro, para abastecer o mercado consumidor de Manaus.

Os Estados de Rondônia e Roraima são atualmente os maiores exportadores dos peixes para o Estado. Junto com a iniciativa privada, os órgãos institucionais vêm estimulando o segmento com a concessão de crédito ao produtor rural e no fornecimento de alevinos das duas espécies, muito apreciadas pela culinária regional.

“Temos hoje disponível toda uma tecnologia que pode tornar o Amazonas autossuficiente na produção de tambaqui e matrinxã em viveiros”, diz Muni Lourenço. Ele acrescenta que empresários e governo somam esforços a cada dia para incrementar as atividades com grandes possibilidades de geração de novos empregos e renda à população do interior.

“É um segmento do setor primário que promete atrair muitos investimentos.  E o Amazonas tem tudo para dar mais fôlego a essas atividades. Tem abundancia de rios, águas, e um público consumidor em potencial, principalmente no mercado de Manaus”, afirma o presidente da Faea.

Marcelo Peres

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