24 de outubro de 2024

Preços têm maior queda no 2° trimestre nos EUA

Os preços dos imóveis nos EUA registraram queda de 3,2% no 2° trimestre no índice S&P/ Case-Shiller, elaborado pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s e pela MacroMarkets.

Essa foi a maior queda no índice apurado pela agência desde o início da série, em 1987.
De acordo com o economista-chefe da MacroMarkets, Robert Shiller, o retrocesso no mercado imobiliário residencial nos EUA “não da sinais de reversão”.
O indicador referente aos preços das casas nas 20 principais cidades do país caiu 3,5%; já o referente às dez principais teve queda de 4,1% (as variações são referentes à comparação com o segundo trimestre do ano passado).
Os preços caíram em 15 das maiores cidades, com o maior recuo observado em Detroit (centro-norte dos EUA), de 11%. Também houve queda de ao menos 7% nas cidades de Tampa (Flórida), San Diego (Califórnia) e Washington DC. Na região metropolitana de Seattle (costa oeste) houve alta de 7,9%. Também houve alta na cidade de Charlotte (Carolina do Norte), com avanço de 6,9%.
Em julho, o preço médio de um imóvel usado no país no mês passado ficou em US$ 228.900, 0,6% abaixo do registrado um ano antes (US$ 230.200). A queda de preço foi a 12ª consecutiva na comparação anual. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Corretores de Imóveis. As vendas de casas usadas nos EUA, por sua vez, tiveram queda de 0,2%, quinto mês consecutivo de recuo nas vendas do setor.
Já as vendas de casas novas nos EUA cresceram 2,8% em julho, contra uma queda de 4% registrada em junho (dado revisado), segundo o Departamento do Comércio.
O preço médio de imóveis residenciais novos teve aumento de 0,6% no mês passado, chegando a US$ 239. 500, contra US$ 238.100 em julho do ano passado.
A confiança do consumidor americano registrou queda em agosto, para 105 pontos, maior recuo na comparação mensal desde setembro de 2005, quando a economia sentiu os efeitos do furacão Katrina sobre os preços do petróleo. Os dados foram divulgados pelo instituto americano privado de pesquisa Conference Board.
Segundo o instituto, o índice deste mês refletiu a turbulência nos mercados financeiros causada pelos problemas no mercado de hipotecas de risco, que ganharam força neste mês. Em julho, o índice havia registrado 111,9 pontos (o dado foi revisado para baixo; a leitura inicial era de 112,6 pontos). O índice divulgado no entanto, superou as expectativas dos analistas, que previam um recuo ainda maior, para 104,5 pontos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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