16 de setembro de 2024

Tragédia em Petrópolis já tem pelo menos 134 pessoas desaparecidas

A Polícia Civil do Rio informou hoje que foram realizados até o momento 134 registros de desaparecimento em Petrópolis, cidade da região serrana do Rio atingida por uma forte chuva na última terça-feira (15). Até a manhã de hoje, dos 105 corpos localizados, 101 já estavam no IML (Instituto Médico Legal) e 33 tinham sido identificados. Desses, 65 são de mulheres e 36 são de homens. Entre as vítimas há 13 menores de idade. Os nomes não foram divulgados.

Na procura por informações sobre desaparecidos, a Polícia Civil informou que os agentes estão percorrendo os pontos de apoio e abrigos da cidade a procura de pessoas que possam fornecer dados sobre os moradores ainda não localizados. “Os dados obtidos serão cruzados com a relação de cadáveres do IML”, informou a Polícia Civil por meio de nota. No Colégio Estadual Rui Barbosa, os agentes conseguiram localizar três pessoas que constavam na lista de desaparecidos.

Ontem, 35 nomes de pessoas desaparecidas já haviam sido cadastrados no sistema do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Os nomes foram compilados pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos, que está recebendo denúncias e demandas de familiares de vítimas das chuvas. Não há informações, porém, sobre quantos nomes em comum têm as listas da polícia e do MP. Não se sabe também se algumas das pessoas reclamadas estão no IML, mas ainda não foram identificadas.

O Corpo de Bombeiros também não informou ainda quantas pessoas os militares procuram. As buscas continuam na região. Há informações ainda de pessoas soterradas. Há relatos de famílias inteiras desaparecidas. Ou seja, dois dias após a tragédia, ainda é difícil dimensionar o tamanho dela. O cenário ainda é de destruição da cidade. Além de deslizamentos e alagamentos, vídeos que circularam na internet mostram passageiros tentando sair de dois ônibus durante uma inundação.

Outras ações na cidade

A Polícia Civil informou que montou uma Força-Tarefa em Petrópolis. Uma estrutura para a preservação e identificação dos cadáveres foi montada no Posto Regional de Polícia Técnica Científica. No local, a sala lilás está disponível para acolhimento e atendimento aos familiares de vítimas. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros também está presente na região e “fará contato e atendimento especializado aos que buscam informações de desaparecidos e boletins de ocorrência”, informou a instituição.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio

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