Região Norte registra maior queda no Índice de Confiança do Empresário Industrial, aponta CNI

Em: 29 de janeiro de 2025
O Icei das regiões Norte e Centro-Oeste caiu para abaixo da linha divisória dos 50 pontos, marcando uma transição de confiança para a falta de confiança.

Em janeiro de 2025, a confiança dos empresários industriais caiu em todas as regiões do Brasil. A maior queda ocorreu entre as indústrias do Norte do País (-3,3 pontos), seguidas pelas do Centro-Oeste (-2,9 pontos), Sul (-2,1 pontos), Sudeste (-1,7 ponto) e Nordeste (0,5 ponto). A informação sobre o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) foi divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O Icei das regiões Norte e Centro-Oeste caiu para abaixo da linha divisória dos 50 pontos, marcando uma transição de confiança para a falta de confiança entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Dessa forma, em janeiro de 2025, com exceção da região Nordeste do País, as indústrias das demais regiões registraram falta de confiança.

Em janeiro de 2025, a confiança da indústria caiu em 24 dos 29 setores industriais considerados, em todas as regiões do Brasil e em todos os portes de empresa (pequeno, médio e grande). Com a piora da confiança, as indústrias das regiões Norte, Centro-Oeste e de sete setores industriais migraram da confiança para a falta de confiança entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Assim, em janeiro de 2025, a falta de confiança atinge 23 setores industriais, o maior número desde junho de 2020. Nota:

O ICEI varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário e quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.

Em dezembro, a confiança da indústria caiu em 24 dos 29 setores industriais considerados e aumentou nos cinco setores restantes. Com a queda da confiança, sete setores da indústria migraram da confiança para a falta de confiança entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025.

Apenas um setor fez a transição contrária, da falta de confiança para a confiança: Produtos diversos. Assim, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, o número de setores confiantes caiu de 11 para 5 e o número de setores com falta de confiança cresceu de 17 para 23, o maior número de setores sem confiança desde junho de 2020.

“Quando a falta de confiança é disseminada, a indústria fica mais cautelosa como um todo. Na indústria, existe muito encadeamento entre os setores. Por isso, a falta de confiança em um setor afeta a confiança e, assim, as decisões de outro. Numa situação de falta de confiança ampla, não existem setores que se destacam e que, eventualmente, poderiam sustentar não só a própria atividade, mas de outros setores de sua cadeia produtiva”, avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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