O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ainda “está na forca”. Ele se referiu as outras duas representações que tramitam no Conselho de Ética contra ele e o pedido de abertura de uma terceira, protocolado pelo PSOL na Mesa Diretora do Senado.
Segundo Tuma, há riscos de uma delas -a que trata da Schincariol- ser arquivada. “Vocês viram: colocaram o presidente na forca e esqueceram de tirar o banquinho, então ele está na forca ainda”, afirmou Tuma.
Em seguida, ele disse que o relator do processo da Schincariol, senador João Pedro (PT-AM), tende a pedir o arquivamento do caso. O Conselho de Ética do Senado já recebeu duas das três representações que pedem a cassação do mandato de Renan por quebra de decoro parlamentar.
A primeira apura a denúncia de que ele teria beneficiado a empresa Schincariol junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e grilado terras em Alagoas junto com seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).
A segunda pede a investigação da denúncia de que Renan teria usado laranjas para comprar rádios e um jornal em Alagoas.
O PSOL já protocolou na Mesa Diretora do Senado o pedido de abertura de mais outro processo. Dessa vez, o partido acusa Renan de ter participado de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro.
Secreta no Senado deve acabar
A polêmica em torno da realização de sessão secreta no Senado, como a ocorrida para votar o projeto sobre a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), foi levada para o plenário da Casa.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ocupou a tribuna para defender que os parlamentares mudem o regimento interno, extinguindo a realização de sessões secretas no Senado.
A posição de Suplicy ganhou apoio de outros senadores. “Todos têm o direito de saber o que ocorre na sessão”, argumentou o petista.