17 de setembro de 2024

Manaus segue movimento em mão de obra qualificada em energia solar

O mercado de  energia solar registrou incremento em relação à mão de obra local em todo país, fechando o ano com aumento de 77,9% em relação aos empregos acumulados em 2020. O percentual representa a criação de 153 mil empregos no setor de energia solar em 2021, o que corresponde a uma média de 419 admissões por dia, segundo cálculos realizados pelo Canal Solar com base em levantamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

De acordo com o empresário do setor, Ralfe Sampaio, o percentual dessa movimentação  girou em torno de 30%. “Temos duas empresas que atuam no setor, a Blue Sol e a Tropical Energia. Então, devido a grande procura, estamos preparando um curso direcionado às pessoas interessadas em entrar nesse nicho de mercado que está crescendo bastante e para 2021 a tendência de crescimento a expectativa é muito grande”. 

Comparado com anos anteriores, 2019 e 2020, ele diz que o crescimento na geração de oportunidades foi bastante expressivo, pois em 2021 faltou mão de obra especializada no setor devido ao grande volume de instalações, tais como técnicos e instaladores. “Nesse ano vamos iniciar treinamentos para técnicos, instaladores e vendedores, pois a procura por sistemas de energia solar aumentou bastante”. 

Conforme o empresário, em 2021 o crescimento da mão de obra especializada foi muito grande. “Tem muita gente entrando nesse segmento. Muitas empresas foram abertas em 2021”, reitera ele destacando que são quatro funcionários na empresa dele, mas que contrataram uma outra empresa para executar os serviços de instalação que deve ter em torno de cinco  funcionários. 

Para o CEO da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Rodrigo Sauaia, o Brasil é uma nação solar por natureza, com condições privilegiadas para se tornar uma liderança de destaque mundial no setor. “A energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável do Brasil e dos demais países. Irá ajudar fortemente na recuperação da economia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, comenta.

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, ressalta que o crescimento da energia solar traz empregos de qualidade em todas as regiões do Brasil, reduzindo a conta de luz e garantindo renda para a população. “Portanto, neste momento de alto desemprego, de baixo nível dos reservatórios hidrelétricos, de bandeira vermelha e de tarifa extra de ‘escassez hídrica’ sendo cobrada na conta de luz, é fundamental estimular o avanço da energia solar, limpa, competitiva e líder na geração de empregos renováveis no mundo”, diz.

Além dos empregos gerados no país, o levantamento da Absolar mostra que o setor solar atraiu mais de R$ 21,8 bilhões em investimentos no ano passado, incluindo as grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O resultado representa um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2020.

Ao todo, o setor já movimentou mais de R$ 66,3 bilhões em negócios desde 2012. Em termos de capacidade operacional, o Brasil conta hoje com mais de 13 GW de potência, somando as gerações centralizada e distribuída, o que já representa quase a mesma potência instalada na usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e segunda maior do planeta.

Aposta assertiva

Investir no crescimento de energia fotovoltaica  tem sido o caminho para muitos investidores no Estado, é o que confirmam representantes  do segmento frisando que o potencial de mercado no estado vem crescendo exponencialmente, com significativa adesão e investimentos. “ Nós iniciamos um projeto de atração de investidores que têm interesse em aplicar recursos no segmento. O mercado de energia solar no Amazonas vem ganhando cada vez mais espaço e consolidando-se”, disse Bruno Mourão, diretor comercial da Expertise Energia Solar.

A percepção do empresário vai na direção dos números da Absolar ao mencionar que nos últimos dois anos, mesmo com a pandemia, o mercado cresceu mais de 700%. “Os grandes projetos de usinas compartilhadas deram a oportunidade para quem mora em apartamento, reside em imóvel alugado ou empresas sem espaço de cobertura aderir a esta tecnologia, e ao mesmo tempo é uma excelente opção para investidores diversificarem suas aplicações financeiras. Tornando a adesão mais acessivel”

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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