O brasileiro nunca mostrou tanta segurança no emprego nos últimos 11 anos quanto no fim de 2007, aponta o Inec (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor), divulgado na última semana pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O indicador que mede o medo do desemprego ficou situado, no quarto trimestre deste ano, em 110,6 pontos, o maior valor desde o início da série histórica, em maio de 1996.
Dos nove indicadores divulgados na última semana, foi o único que ficou acima dos valores de dezembro de 2006, quando as altas expectativas dos brasileiros ainda estavam influenciadas pelo fim do período eleitoral.
De acordo com a pesquisa, feita com 2.002 eleitores de todo o país, entre 30 de novembro e 5 deste mês, o medo do desemprego superou o indicador do mesmo período do ano passado em 1,7 ponto, ou 1,53%.
Em relação ao terceiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 4,9 pontos, ou 4,43%. A segurança do brasileiro no emprego foi influenciada pela consolidação do processo de formalização do mercado de trabalho.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, foram criados, entre janeiro e novembro deste ano, 1,9 milhão de empregos formais em todo o país, superando o número de vagas criadas em todo o ano de 2004, recorde histórico até então.
O mercado de trabalho deve continuar em alta em 2008. A projeção da CNI para o índice de desemprego é de 9% no ano que vem, ante 9,5% neste ano, de acordo com o documento Economia Brasileira – Desempenho e Perspectivas, divulgado terça-feira pela entidade.
Segundo dados do Inec, o brasileiro também acredita que o mercado de trabalho vai melhorar em 2008. O índice de expectativa de desemprego ficou em 119,7 pontos no quarto trimestre, ante 114,3 pontos do terceiro trimestre. Ou seja, para aqueles que responderam a pesquisa, a criação de vagas vai aumentar no ano que vem.