24 de novembro de 2024

Seguros no Amazonas ultrapassaram  R$ 2,4 bi em arrecadação

De acordo com dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), o mercado de seguros do Amazonas registrou alta, em 2023, no retorno para a sociedade em pagamentos de indenizações, benefícios, resgates e sorteio, com R$ 571,3 milhões pagos, um aumento de 7,8%. O valor demonstra que as empresas seguradoras estão cumprindo seu papel de proteger os segurados em momentos de dificuldade.

A arrecadação total do setor no Amazonas atingiu R$ 2,443 bilhões em 2023, tendo os Seguros Marítimos e Aeronáuticos entre os que mais se destacaram, com alta de 68,9%. Os Seguros Crédito e Garantia também apresentaram um crescimento expressivo de 65,4% no ano.

Fabiana Perdiz, delegada do Sindsegnne Sindicato das Seguradoras Norte Nordeste  destacou que as indenizações no mercado de seguros desempenham um papel crucial na proteção financeira e na tranquilidade dos segurados e beneficiários. “Quando ocorre um evento coberto pelo seguro, como um acidente, doença grave ou perda de propriedade, as indenizações fornecem suporte financeiro. Isso ajuda a mitigar o impacto econômico dessas situações, permitindo que os segurados se concentrem na recuperação ou na reconstrução. 

Indenizações são o alicerce da proteção financeira, garantindo estabilidade e confiança aos segurados e suas famílias”.

Segundo Ronaldo Dalcin, presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), esses últimos geralmente são contratados para garantir as licitações e contratações da administração pública, e o número recorde de editais de parcerias público-privadas apoiou o crescimento desse ramo em 2023. “Com o novo PAC, aprovado em agosto do ano passado, nossa expectativa é que ele siga em trajetória de crescimento”, analisa.

Os Seguros de Riscos de Engenharia também se destacaram, com alta de 41,5%, impulsionados pelas obras de infraestrutura em andamento no estado. Já os Seguros de Responsabilidade Civil cresceram 37,6%, demonstrando a maior consciência das empresas e profissionais sobre a importância de se protegerem contra riscos de danos a terceiros.

Apesar de apenas 4,5% das residências do Amazonas estarem protegidas, o Seguro Residencial apresentou alta de 11,7% no estado. E o Seguro de Vida continuou em trajetória de ascensão, com crescimento de 5,7%. “O movimento ascendente do Seguro de Vida é observado nacionalmente, principalmente nos últimos três anos. Atribuímos esse crescimento significativo ao impacto da pandemia, que despertou uma conscientização maior sobre a importância da proteção financeira em situações inesperadas”, afirma o presidente do Sindsegnne.

Outros números

Em 2023, o estado do Amazonas seguiu mantendo um bom ritmo de crescimento acumulado em comparação a 2022. Durante todo o ano, o Jornal do Commercio acompanhou o comportamento e os seus resultados do mercado. “Quando observamos essa evolução mês a mês, percebemos que os seguros patrimoniais se mantêm em evidência durante todo o ano de 2023, com destaque principalmente nos riscos residenciais. Outro ramo que vem demonstrando relevância no mercado estadual é o de riscos marítimos e aeronáuticos, que compreende basicamente seguros para aeronaves dos mais diversos portes e embarcações. Acreditamos que por se tratar de uma região com geografia tão singular como a do estado do Amazonas, é perfeitamente natural observar esse movimento, uma vez que correspondem a dois dos principais meios de transporte interestaduais da região”, afirmou Fabiana Perdiz, delegada do Sindsegnne no Amazonas.

Seguros no Brasil 

De acordo com dados da CNseg, o setor de seguros (exceto DPVAT e Seguro Saúde) registrou em 2023, no Brasil, um crescimento total de 9%. O montante arrecadado ultrapassou a marca dos R$380 bilhões. Já na região sindical que abrange os 13 estados de responsabilidade do Sindsegnne, o crescimento total foi de 6,8%, com arrecadação de mais de R$34 milhões.

No total, o mercado segurador brasileiro retornou para a sociedade, em pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios, mais de R$225 bilhões, representando um crescimento de 2,5% em relação a 2022. Na região Norte e Nordeste (exceto Bahia, Sergipe e Tocantins), foram pagos mais de R$8 bilhões pelo setor, com alta de 3,3%, acima da média nacional.

Segundo Ronaldo Dalcin, presidente do Sindsegnne, o resultado positivo de 2023 foi impulsionado, principalmente, pelos produtos destinados a Danos e Responsabilidades. “Os ramos de destaque nos estados sob nossa gestão, apresentando crescimento superior à média nacional, foram Seguro de Crédito e Garantia, com 26% de crescimento e uma arrecadação de R$402,1 milhões em 2023”, aponta.

De acordo com o presidente, o Seguro Rural teve uma evolução de 23,7%, o que equivale a R$711,3 milhões. “O Seguro de Responsabilidade Civil se desenvolveu 18% a mais que em 2022, somando R$165,6 milhões, e a concentração maior deste montante, 67,1%, está distribuída nos estados da região Nordeste que fazem parte do Sindsegnne”, afirma. O Seguro de Vida também seguiu em trajetória de ascensão em 2023, com alta de 12,4%, totalizando R$2,57 bilhões arrecadados.

Para o ano de 2024, o executivo acredita que o mercado de seguros se mantenha com percentuais de crescimento acima do PIB nacional, demonstrando todo o potencial do setor em contribuir para a evolução da economia brasileira. “O mercado de seguros ainda tem bastante espaço para avançar no Brasil e a nossa região está repleta de oportunidades. Nossa expectativa é continuar crescendo, em grande parte amparados pelas ações do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS), iniciativa da CNseg”, prevê.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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