25 de novembro de 2024

SEMA autoriza reabertura de UC’s para turismo contemplativo

SEMA autoriza reabertura de UC’s para turismo contemplativo

Das 42 Unidades de Conservação (UC) Estaduais do Amazonas apenas dez reabriram para visitação do público externo. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (11/08), propõe a retomada parcial das atividades em áreas protegidas localizadas em Manaus e municípios no entorno. Estão liberadas apenas as atividades de turismo de contemplação da natureza, as demais atividades só a partir de 30 de agosto, segundo o chefe do Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação (Demuc) da Sema, Rogério Bessa.

Conforme a portaria n° 87, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), está autorizada a retomada das atividades de visitação, filmagem e pesquisa científica que não envolvam o contato direto com os moradores conforme explica o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira. “A reabertura das UC gerenciadas pela Sema ocorre em duas etapas, respeitando, nesse primeiro momento, o distanciamento das populações tradicionais, para depois, em uma segunda etapa, normalizar todas as atividades gradualmente. Vale destacar que a escolha dessas UC leva em consideração o atual quadro de Covid-19 nas localidades, que mantém uma estabilidade com relação às demais áreas protegidas”, pontuou.

UC’s reabertas

Parque Estadual (Parest) Sumaúma; Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista; Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro setor Paduari-Solimões; RDS do Rio Negro; APA Caverna do Maroaga; APA Margem Esquerda do Rio Negro setor Tarumã-Açu/ Tarumã-Mirim; APA Margem Esquerda do Rio Negro setor Aturiá-Apuauzinho; RDS Uatumã; Parest do Rio Negro Setor Norte; Parest do Rio Negro Setor Sul.

Regras de prevenção

É necessário que todas as medidas preventivas sejam cumpridas, como distanciamento de 2 metros, uso de máscaras.  Nas comunidades indígenas será disponibilizado álcool em gel na entrada da oca e os visitantes não poderão participar de danças, degustar comidas tradicionais e nem tirar foto próximo dos comunitários. Vale destacar que a escolha dessas UC’s leva em consideração o atual quadro de Covid-19 nas regiões que mantém uma estabilidade com relação às demais áreas protegidas.

Abav Collab criado para potencializar o turismo

Entre os dias 27 de setembro e 2 de outubro a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) realiza o Abav Collab, evento totalmente gratuito que trará diversas atividades virtuais de capacitação e uma plataforma repleta de tecnologia que auxiliará na retomada dos negócios do setor de turismo. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 21 de agosto.

A expectativa é de que o número de participantes supere os 60 mil, o dobro do público registrado na edição da Abav Expo do ano passado. Uma das maiores feiras de turismo do Brasil, a tradicional Abav Expo, que ocorre presencialmente todos os anos, teve que ser adiava para 2021 em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Segundo a presidente da Abav, Magda Nassar, o Abav Collab simboliza a volta das movimentações turísticas no país. “É um formato super criativo que irá marcar a retomada real do turismo e de tudo que a gente faz nessa semana do Collab. O MTur tem sido sensacional com o mercado inteiro. Todas as nossas vitórias e pleitos começam e terminam ali.”, destacou.

Além da plataforma online, o evento terá uma parte presencial que será realizada em formato drive-in. Outra novidade será a disponibilização de um programa de recompensas para os expositores que consistirá na troca de pontos – adquiridos em atividades realizadas durante o Collab – por benefícios.

Perspectivas do Turismo de Base Comunitária na Amazônia

A vida comunitária traz a paz e a segurança que o turista dos tempos atuais está procurando e precisando

O EMPACTUR realiza amanhã, 14/8, às 15h, o ‘19º Conversando sobre Turismo’ com os convidados especiais: Profa. Dra. Suzy Simonetti – Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Profa. Dra. Silvia Cruz – Universidade Federal do Pará (UFPA) e coordenadora do Impactur/PA; Prof. Dr. Bruno Muniz de Brito – Universidade Estadual de Roraima (UERR). O evento enseja fomentar a reflexão sobre as questões do turismo na contemporaneidade, e criou o espaço para possibilitar esse diálogo entre a comunidade acadêmica e o mercado.

O TBC é a grande  tendência no segmento do turismo pós-pandemia. É uma prática que só é possível com envolvimento e participação das comunidades, seja ribeirinhos, indígenas, quilombolas, agricultores, valorizando os recursos locais, e na região Amazônia reforçará o turismo regional, pois o turismo na atualidade e segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), deve considerar um raio de deslocamento de 300km, grupos pequenos e familiares, com experiências localizadas e em equipamentos de médio e pequeno porte, seria a valorização do “hiperlocalismo”, tendência propícia ao TBC.

O projeto acontece desde 2016, mensalmente, debatendo temas diversos. Porém, ao se deparar com a pandemia, notou-se que os problemas inerentes ao turismo estão cada vez mais necessitando desse diálogo reflexivo para superar as adversidades impostas pelo isolamento social a saída foi realizar vis internet.

Na temática do dia 14/08, será abordado sobre o Turismo de Base Comunitária na Amazônia-TBC, com a Rede de Pesquisadores em Turismo da Amazônia, no caso os Professores Bruni Diniz, UERR, Profa. Susy Simonetti, UEA, e Profa Silvia Cruz, UFPA. São docentes e pesquisadores que estão debruçados em desvelar as contradições e explicá-las por meio de suas pesquisas sobre o TBC na Amazônia, quando cada um falará sobre seu locus de pesquisa, Roraima, Pará e Amazonas, e os resultados de suas pesquisas. Será um momento importantíssimo, inclusive, para refletirmos sobre as práticas e conceitos do TBC e vislumbrar estratégias de desenvolvimento nesse contexto tão difícil para a mobilidade social, e por conseguinte para o turismo na região.

O TBC não exclui das atividades tradicionais, como a agricultura, artesanato, o saber local, muito pelo contrário reforça a permanência dessas atividades para que o turista possa vivenciar as experiências tradicionais. Assim, o TBC pode ser um meio de preservação das tradições culturais e sociais na Amazônia, assim como dos recursos naturais.

Soraya Cohen

é editora da coluna Turiscando

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