24 de outubro de 2024

Shopping centers comemoram ritmo de alta 

Registrando constantes aumentos em vendas, o segmento de shopping centers de todo país comemora um início de ano com excelentes resultados. Após encerrarem 2022 com saldo positivo, dados do Monitoramento de Mercado Abrasce (ICVS-Abrasce) Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers — apontam que as vendas nos shoppings tiveram uma alta de 15,2% em janeiro deste ano, quando comparadas com o mesmo mês de 2022. Em relação ao desempenho do período pré-pandemia, as vendas seguem em expansão, com crescimento de 0,6% em janeiro.

Outro dado relevante é que os número de frequentadores nos empreendimentos representaram alta de 19,3% em janeiro, maior taxa mensal desde julho de 2022.

Na avaliação do presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Glauco Humai, o setor vem demonstrando uma recuperação consistente das perdas do período pré-pandemia e a normalização da atividade econômica, com consequente avanço nas taxas de empregos, vem permitindo maior mobilidade de pessoas e vendas nos empreendimentos. “Fechamos 2022 com ótimos resultados e iniciamos este ano com uma boa performance. Estimamos alcançar um crescimento nas vendas de 14,6% ao longo de 2023. O aumento no fluxo de visitantes nos shoppings é um sinal positivo para o começo do ano”, afirma o executivo.

A região Norte apresentou aumento de 6,5% nas vendas em janeiro de 2023 em comparação a igual período do ano passado. Embora o levantamento não detalhe o comportamento do setor no Amazonas, representantes do segmento consideram que janeiro turbinou as vendas e o movimento nos centros de compras. 

O tradicional período promocional que oferece descontos em produtos do “saldão” do fim de ano foram responsáveis pelas vendas nos shoppings de Manaus.  Segundo o membro da diretoria da Alasc (Associação dos Lojistas do Amazonas Shopping), André Gesta, as vendas foram bem melhores que as do ano passado. “Em janeiro de 2022 ainda havia um impacto em relação a variante Omicron. Aos poucos o setor vem em ritmo de recuperação. Hoje, as pessoas estão voltando a consumir.  Tem ainda a questão do novo governo em relação ao cenário econômico. Nós estamos em franco crescimento e eu acredito que tem tudo para alavancar, pois ainda contamos com as datas sazonais, Dia das Mães, Namorados”. Apesar do primeiro trimestre do ano apresentar menor volume em vendas, Gesta garante que o segmento está evoluindo  

O presidente da Alasc Thiago Pinto, acrescentou que sempre acredita no potencial do Amazonas Shopping e esperam que os números locais sempre superem os números positivos a nível nacional. De acordo com o presidente, apesar de não terem acesso ao fechamento dos números do centro de compras como um todo, todos os movimentos de liquidação ajudam a aquecer o potencial de vendas.

Do ponto de vista regional, as localidades que apresentaram resultados acima da média nacional no mês, em relação a janeiro de 2022, foram: Centro-Oeste (18,2%) e Nordeste (17,2%). O Sudeste teve aumento de 14,8%, seguido pelas regiões Sul (14%) e Norte (6,5%).

Mesmo com um cenário macroeconômico, caracterizado pelas pressões adicionais da Selic no mercado de crédito e que limitam o consumo das famílias, o ticket médio de vendas nos shoppings ficou em R$ 119,68 em janeiro. Já o valor médio das lojas de rua foi de R$ 86,39.

Fluxo 

Outro destaque para o mês foi o aumento no número de frequentadores nos empreendimentos, que contribuiu também para o resultado positivo das vendas. O fluxo de pessoas, segundo dados do IPEC e Mais Fluxo, cresceu 19,3% em relação ao mesmo período de 2022, representando a taxa mensal mais alta desde julho do ano passado.

Outros números

De acordo com o Censo Brasileiro de Shopping Centers 2022-2023, o setor registrou no ano passado o faturamento anual de R$ 191,8 bilhões, alta de 20,5% em relação a 2021 (R$ 159,2 bi). O dado mostra a recuperação dos shoppings ao longo do ano passado, período marcado pela retomada do fluxo de visitantes e pelo crescimento das vendas. 

Na variação regional, o crescimento do faturamento na região Sudeste foi de 22% no ano passado, sobre 2021, e superou a média nacional. Também tivemos uma forte elevação nas Regiões Nordeste (+19,9%), Centro-Oeste (18,8%), Sul (16,9%) e Norte (13,8%). 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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