Na semana que antecede mais uma data comemorativa para o varejo, os shoppings mantêm expectativa positiva e projetam aumento de 32% nas vendas para o Dia dos Pais, comemorado dia 8 de agosto. O avanço na vacinação e o aumento nas flexibilizações, animam os lojistas que esperam um melhor resultado que no ano passado. Segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), o incremento equivale a R$ 870 milhões de vendas em comparação ao mesmo período de 2020.
Um ponto positivo que eleva o otimismo dos lojistas do segmento é justificado pelo fato de que, os centros de compras expandiram o horário de funcionamento, o controle, por hora, dos casos graves da Covid-19 no Estado, além do avanço nas vacinações.
“Estamos bastante animados. É uma data que tem um nível de importância para o comércio. O otimismo reforça ainda mais nessa semana que antecede a data”, afirma a empresária Mercedes Martine.
Ela comemora o fato dos clientes estarem frequentando mais o comércio, com todos os protocolos sanitários exigidos pelos órgãos de saúde. “A doença ainda existe. Mas aos poucos estamos retornando mais à normalidade. Esse movimento em alusão a data está bem melhor que ano passado”.
Pesquisa de Intenção de Compras do Dia dos Pais divulgada pela CDL-Manaus, indica que 43% dos consumidores manauaras pretendem ir aos shoppings este ano. O incremento em vendas é estimado em torno de 3%. No entanto, Mercedes Martine eleva esses índices em até 5%. “É claro que tem alguns segmentos que performam melhor. Mas essa é uma base. Estamos trabalhando com um ticket médio em torno de R$92.
Essas projeções aumentam a expectativa ainda mais o humor dos lojistas. “A gente espera um aumento de 12% a mais que no ano passado. Temos tudo para alcançar essa meta. Estamos trabalhando para isso e preparados para superar as vendas do ano passado”, diz o gerente de uma loja no shopping, Elvis Santos.
A vendedora de uma loja de confecções, Mariah Trindade, diz que o cenário está bem diferente em comparação ao ano passado. E esse termômetro é sentido mês a mês. “A melhora nos índices da Covid no Amazonas tem garantido melhor movimento e motivado a ida das pessoas nos shoppings. Ano passado, sentimos que havia nos clientes uma certa insegurança, sentimento muito diferente deste ano. Esperamos angariar bons resultados e chegar perto dos níveis pre-pandemia”, comenta ela.
Maior otimismo
O presidente da Abrasce, Glauco Humai, concorda que fatores como a maior flexibilização das medidas de distanciamento social, aliada ao avanço da vacinação no País e a melhora da confiança do consumidor. “Os empreendedores estão mais otimistas e acreditam que os consumidores estão mais dispostos a investir em um produto mais elaborado, já que muitos filhos ficaram um bom tempo longe dos pais e estão retomando, ainda que com toda a cautela necessária, os encontros familiares após a vacinação”, pontua.
De acordo com o levantamento da Abrasce, as expectativas dos shoppings em relação ao volume de vendas registrado em 2019 ainda são de queda, da ordem de 15%. No entanto, observa-se um otimismo maior em relação às datas comemorativas anteriores. Para o Dia das Mães, a queda esperada era de 19% e para o Dia dos Namorados, a expectativa era de uma redução de 23% em relação a 2019.
Sobre o ticket médio, a expectativa é de R$ 192,00. Em comparação com o ano anterior, cujo resultado registrado foi de R$ 172,00, o crescimento esperado é de 11,6%. A expectativa supera também o ticket médio registrado na data em 2019, que foi de R$ 176,00. As categorias de presentes em destaque para a data são: artigos esportivos, eletrônicos e calçados.
Para incentivar as compras, os shoppings também irão oferecer canais de vendas como delivery e marketplace/vendas online (64%), drive-thru (51%) e lockers (21%). Além disso, 61% dos shoppings realizarão promoções para a data como sorteios (27%) e compre e ganhe (24%), sendo que entre os prêmios sorteados os mais citados são relacionados às bebidas, como: cervejas, cervejeiras, canecas de chopp, vinhos e adegas e itens relacionados à churrasco como tábuas e facas.
Vale lembrar que no mesmo intervalo do ano passado, as comercializações caíram 32,5% em relação a 2019.
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