Com a aprovação do projeto de cassação pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na quarta-feira, caberá agora ao plenário do Senado decidir o futuro político de Renan.
Viana disse que vai comunicar Renan, por telefone, sobre a data de seu julgamento no plenário. “Se tem uma pessoa interessada em acabar logo com isso, é Renan”, afirmou.
No processo, o peemedebista é acusado de usar “laranjas” para comprar um grupo de comunicação em Alagoas, numa sociedade oculta que teria sido firmada com o usineiro João Lyra.
Entre os parlamentares, a aposta é que Renan vai escapar da cassação no plenário -já que a votação é secreta. Apenas a sessão plenária será aberta, com a transmissão de discursos contrários e favoráveis ao peemedebista.
Sete indícios
O relator do caso no Conselho de Ética, senador Jef-ferson Péres (PDT-AM), apontou sete indícios de que Renan quebrou o decoro parlamentar ao firmar a sociedade com Lyra para a compra do grupo de comunicação -o que é negado por Renan.
Péres disse que o peemedebista efetivamente teria firmado sociedade oculta com o usineiro a compra do grupo de comunicação. Entre os indícios citados pelo relator está o fato de que Lyra apresentou documentos que comprovam as suas acusações. Outro elemento contrário a Renan, segundo Péres, é o fato de o presidente licenciado do Senado nunca ter interpelado Lyra judicialmente para contestar suas acusações.
Na opinião do relator, o fato de a sociedade oculta ter ocorrido antes de Renan assumir a cadeira no Senado não livra o peemedebista da quebra de decoro parlamentar.