Amor de mãe

Em: 4 de maio de 2021

MÃE! Que palavra mais linda. MAMÃE! Que sonoridade angelical. Mãe ou mamãe são palavras que despertam os mais nobres sentimentos da alma humana: aconchego, confiança, caridade, felicidade, gratidão, amor.

Por isso, as palavras “mãe” ou “mamãe”, geralmente, são as primeiras que as crianças pronunciam. E na vivência desse amor infantil, está o segredo de uma vida adulta feliz, realizada e cheia de carinho com os outros seres humanos.

Somente as mães sabem o que é amar incondicionalmente. Elas vivem o amor na forma mais intensa possível. Não existe mãe que não viva ardentemente esse amor. Se não for assim, não é mãe, é madrasta!

Amor de mãe não tem explicação. É incondicional. Pode-se dizer mesmo que é um pedaço do céu na terra. É a forma de realização humana mais bela e perfeita que existe. Se não fosse as mães à vida humana não teria sentido.

Portanto, ame a sua mãe enquanto ela está vida. Não deixe para expressar o seu amor por ela somente quando ela partir desse mundo. Ame a sua mãe todas as horas e diga que você a ama todos os dias. 

Não deixe para expressar o seu amor por sua mãe somente quanto ela estiver inerte, dentro de um caixão, no cemitério. Eu garanto que sua mãe quer receber flores em vida e não quando estiver morta.

Se puder, vá hoje mesmo a uma floricultura e compre uma linda rosa para a sua mãe e diga o quanto você a ama. Não existe um “Dia dos Filhos” para que nossas mães nos amem. As mães amam seus filhos todos os dias. Assim, o “Dia das Mães” são todos os dias em que vivemos. 

O sistema capitalista estabeleceu que o “Dia da Mães” acontece todo ano no segundo domingo do mês de maio, apenas para estimular o comércio e o consumo alienado. Mas você não precisa seguir essa regra.  

Ame a sua mãe todos os dias. Não espere chegar o segundo domingo do mês de maio para dizer que você a ama. Presentei ela todos os dias. Não com bens materiais, mas com carinho, respeito, obediência. Ela te ama todos os dias. A maioria dos dias de nossas mães são aqueles em que a dor se transforma em alegria, as lágrimas em felicidade vivida. Portanto, todo dia é dia de mãe!

Mãe é a porta de entrada do paraíso. Mãe é aquela que sofre, ama e ri quando sente vontade de chorar. Mãe é aquela que fica sem comer para alimentar o seu filhinho. Enfim, toda mãe é um anjo sem asa! 

É pelo colo de nossa mãe que começamos a entender o mundo. A melhor forma de amor é ensinada pelas mães. Geralmente quem houve a sua mãe torna-se uma pessoa digna, de bom caráter, realizada, feliz.

O amor de mãe é a personificação do amor de Deus entre os seres humanos aqui na terra. É um exemplo de como será à vida no céu, no paraíso. Ou seja, é a forma como a felicidade humana se manifesta nas pequenas coisas.  

Por isso, não há mãe de rico, mãe de pobre. Mãe é mãe em qualquer lugar e em qualquer situação. Ou seja, para as mães, por pior que sejam os filhos, eles sempre serão as melhores pessoas do mundo. 

De vez em quando eu me pego perguntando: Por que os filhos não amam as suas mães da mesma maneira que elas nos amam? Que sentimento é esse que as mães sentem pelos seus filhos? Como explicar tamanho amor?

Mãe não é apenas um conjunto de três letras. Mãe é tudo o que não se pode explicar. É um sentimento que apenas se vive. Posso dizer que é um dos melhores sentimentos do mundo. Ah, como é lindo o amor de mãe!

Portanto, não há sentido para a existência humana sem o amor de mãe. Mãe é aquela que acolhe as dores e as alegrias dos seus filhos. Santa Teresinha do Menino Jesus, em seu poema “Porque eu te amo, Maria”, dizia:

“Para que um filho possa amar sua mãe,

Que ela chore com ele e partilhe suas dores…

Pois tu, querida Mãe, nestas plagas de exílio,

Quanto pranto verteste a fim de conquistar-me!…

Ao meditar tua vida escrita no Evangelho,

Ouso te contemplar e me acercar de ti;

Nada me custa crer que sou um de teus filhos,

Pois te vejo mortal e, como eu, sofredora”.

E esta é uma mensagem de esperança: as mães sempre acolhem as dores e as alegrias de seus filhos, assim como fez a Mãe de Jesus: Maria. Que possamos dizer como Santa Teresinha do Menino Jesus: “Nada me custa crer que sou um de teus filhos”. 

Luís Lemos

É filósofo, professor universitário e escritor, autor, entre outras obras, de "Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente", Editora Viseu, 2021.
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