Desenvolvimento regional – eis a questão – II

Em: 11 de junho de 2021

Nesta atualidade, na qual a sociedade brasileira passa por uma realidade ‘sur real’, com uma CPI da COVID-19, a qual atua às avessas, com políticos investigados pela JUSTIÇA FEDERAL, no comando, no qual jamais deveriam estar; decisões esdrúxulas de uma Corte Suprema – Superior Tribunal Federal – STF, de forma corrompida assolam a sociedade; certa evidência de perseguição sistemática, por parte da imprensa, ao Presidente da República, o que impacta negativamente a vida sócio econômica cultural do Povo Brasileiro. E, por aqui no Amazonas, em Manaus, a sociedade amazonense assiste o envolvimento do Governador e seus principais colaboradores arrolados em falcatruas da Operação Sangria da Polícia Federal. Isso tudo são constatações por fatos! Entretanto, para os analistas, observadores setoriais, economista pesquisadores, principalmente do Clube de Economia da Amazônia – CEA, o que mais interessa nesse primeiro trimestre para a Economia do Brasil são os resultados positivos.

Mesmo com a alta incerteza e as preocupações decorrentes da pandemia de coronavírus, indicadores econômicos vêm surpreendendo positivamente nos últimos meses, levando à revisões para cima na projeção de crescimento do PIB – Produto Interno Bruto em 2021. Assim, observem, que se obteve alguns parâmetros indicando uma certa recuperação,(segundo fontes oficiais) senão vejamos: a) O Produto Interno Bruto – PIB atingiu o patamar de 1,2% no primeiro trimestre de 2021, em comparação com mesmo período do ano passado, de acordo com IBGE; b) Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou uma alta de 4,6%, resultado já ajustado pelas Contas Nacionais (IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); c) A Balança Comercial atingiu um superavit de US$ 9,2 bilhões, representando 29,4% maior que mesmo período de 2020, demonstrando a força do agronegócios e a evolução dos preços, da produção e da exportação das principais commodities minerais produzidas no país: ferro, ouro, cobre, nióbio, manganês e alumínio, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM); Segundo o IBGE, a expansão da economia brasileira veio dos resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%) no trimestre.

Mesmo tendo havido uma pequena recuperação do PIB, alguns indicadores continuam a mostrar números negativos, como ocorreu com o desemprego no Brasil, segundo divulgou o IBGE, no fim de maio, que atingiu a taxa recorde de 14,8% no primeiro trimestre, sendo o maior contingente (chegando a 14,8, milhões de pessoas) de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012, a taxa de inflação, com o aumento do custo de vida (aumento de preços dos alimento). Sendo que a agropecuária foi atividade que mais cresceu no primeiro trimestre, pois o setor teve alta de 5,7% em relação aos três últimos meses de 2020 e ocorreu diante da melhora na produtividade e no desempenho produtos como a soja, uma vez que, o resultado pode ser explicado pelo desempenho positivo de, além da soja, que teve alta de 8,6%, do fumo, que teve aumento de 3,6%, e arroz, cuja produção cresceu 0,3%.

O Ministro da Economia Paulo Guedes, participando do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF) disse: “A economia brasileira está de novo em uma rota surpreendente. Está dando indicações de que pode crescer bem acima dos 3,4% neste ano. As revisões do mercado para crescimento estão acima de 4% e há quem preveja 5%”.  Esse Fórum BIF), um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado pela Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal. O pessoal do CEA, sustentam que, em se tratando de atividades econômicas na estrutura do sistema econômico estão relacionadas, em encadeamento que geram mercados, fluxos econômicos e espraiam novas tecnologias de produção havendo possibilidades de transformação sociais naquelas regiões que se pretende induzir processos de Desenvolvimento Econômico (DE).

Também, ressaltam que  os processos de DE estão relacionados às atividades produtivas e a forma como estas atividades se posicionam dentro do espaço econômico, social e o meio ambiente. Especificando melhor, o encadeamento de atividades produtivas (Cadeias Produtivas), juntas concorrem ao aumento de capital fixo necessário aos processos de DE. São elementos que proporcionam ao crescimento de um PIB, naquela região específica, através de novos investimentos e da busca de novos mercados consumidores potenciais. Sem embargo de ouras formas de análise, os pesquisadores do CEA, defendem que os encadeamentos produtivos e a Economia Regional no processo de desenvolvimento econômico é fruto de uma ou de várias situações de desequilíbrio econômico, político, social e ambiental.

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]
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