Nem parece que já se passou mais de um século desde que circulou a nossa primeira edição.
Vivemos e fizemos nesse período a própria história do Amazonas, e hoje já somos parte dessa história, um relato que foi contado dia a dia, sob o olhar atento dos nossos jornalistas, dos nossos articulistas, com o apoio fiel dos nossos leitores e anunciantes.
Acompanhamos o auge da transformação de Manaus em Paris da Selva, e em seguida o seu declínio a porto de lenha. Noticiamos o mundo vivendo a sua 1ª Grande Guerra, a primeira grande crise econômica mundial com o Crack de 29, e da nossa trincheira assistimos ao renascimento do militarismo no mundo.
Acompanhamos as nações em sua 2ª Grande Guerra, e com ela o renascimento efêmero do fausto da borracha no Amazonas. Ouvimos e publicamos o grito vibrante do tuxaua Álvaro Maia em seu ‘Recado Amazônico’, cobrando à nação um olhar e uma ação diferenciada para o nosso rincão esquecido.
Reportamos a ditadura do Estado Novo no país, o sonho e o progresso na democracia dos Anos JK e atravessamos os Anos de Chumbo da ditadura militar, com seu rastro de elefantes brancos e esqueletos desconhecidos. Raiou a liberdade e estávamos lá publicando as fotos dos jovens Caras Pintadas e do velho Senhor Constituinte.
Por aqui sobrevivemos à estagnação de décadas até a chegada da Zona Franca de Manaus e estivemos presentes na fabricação desse novo sonho: reportamos o modelo econômico desde a viagem do Marechal Castelo Branco descendo o rio Amazonas no Rosa da Fonseca, em que o saudoso Sócrates Bonfim foi uma das cabeças pensantes no esboço inicial do modelo ZFM.
Acompanhamos a implantação desse projeto estratégico de desenvolvimento que atravessou e sobreviveu ao Milagre Econômico da ditadura, sofreu contenções, ameaças, agressões políticas e por fim, moldou-se ao formato amazônico, sustentando não somente a nossa economia, mas também a nossa floresta em pé.
E hoje, tudo isso transformado em história registrada e catalogada em microfilmagem, constituindo um acervo histórico dos mais relevantes do nosso Estado e do país.
E nem parece que já se passou mais de um século, pois continuamos aqui, na trincheira da notícia, informando, analisando, construindo com o leitor o hábito de ler o melhor, o diferenciado, a boa notícia.
Por tudo isso, 2012 não é somente o nosso 108º ano. É o 8º ano de um novo século que pretendemos noticiar e historiar; sem temer crises nem guerras. Pois a nossa aurora é agora, todos os dias.
Editorial
Em: 31 de dezembro de 2011
O novo JC
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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