A Justiça capixaba decretou a prisão da delegada de Polícia Luciene Elieth de Freitas Ribeiro e do investigador Paulo Renato Estrela Monteiro. Eles são acusados pelo Ministério Público Estadual de terem extorquido o dentista aposentado Milton Netto, de 77 anos, dias antes de ele ser assassinado. Também foi decretada a prisão do mecânico de embarcações José Silésio Follador, que confessou ter matado o aposentado.
A prisão foi decretada pelo juiz Marcelo Menezes Loureiro, da 4ª Vara Criminal de Vitória. O investigador Paulo Renato Estrela Monteiro, lotado no Departamento de Polícia de Vitória, apresentou-se à Corregedoria de Polícia e está preso no 10º Distrito Policial de Vila Velha. A delegada Luciene Elieth de Freitas está sob licença médica.
A revista Consultor Jurídico apurou que o policial preso é sócio fundador do esquadrão de extermínio Scuderie Le Cocq, no Espírito Santo. O fundador já havia sido expulso da Polícia. Paulo Renato Estrela Monteiro nasceu em 17 de junho de 1951, no Rio de Janeiro, e sua ficha na Le Cocq é a de número 2.
O símbolo da Scuderie é uma caveira, sobreposta a duas tíbias cruzadas e duas letras brancas sobre um fundo negro. As letras são EM de Esquadrão da Morte. O grupo foi fundado em 24 de outubro de 1984 para “aperfeiçoar a moral e servir à coletividade”. Ele foi extinto por ordem judicial, esta década.
A Le Cocq foi acusada de 30 assassinatos políticos cometidos em 18 anos. Além disso, quase 1.500 homicídios anuais que transformaram o Espírito Santo no segundo Estado mais violento do Brasil. Foi criada no Rio, em 1965, por policiais que decidiram vingar a morte de um detetive, Milton Le Cocq. Cara de Cavalo, o bandido que matou Le Cocq, foi exterminado com mais de cem disparos, e seu corpo, coberto com o cartaz da caveira.
A CPI do Narcotráfico indiciou seis delegados da Polícia Civil capixaba e 24 policiais civis como integrantes do crime organizado.
Investigador preso é fundador de esquadrão
Em: 12 de setembro de 2007
A Le Cocq foi acusada de 30 assassinatos políticos cometidos em 18 anos. Além disso, quase 1.500 homicídios anuais que transformaram o Espírito Santo no segundo Estado mais violento do Brasil.

Redação
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